ATA DA CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 26-11-2007.
Aos vinte e seis dias do
mês de novembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Ervino Besson,
Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Maria Celeste e Mario Fraga. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino
Vendruscolo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, José Ismael Heinen,
Marcelo Danéris, Maria Luiza, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nereu D'Avila,
Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon
e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de
Resolução nº 086/07 (Processo nº 9171/07); pelo Vereador Aldacir Oliboni, o
Pedido de Informação nº 198/07 (Processo nº 9001/07); pelo Vereador Bernardino
Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 5216 e 5259/07; pelo
Vereador Ervino Besson, os Pedidos de Providência nos 5257 e
5258/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, o Pedido de Providência nº 5215/07;
pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de Providência nº 5256/07; pela
Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Providência nº 5255/07; pela Vereadora
Maria Celeste, juntamente com a Vereadora Maristela Meneghetti, o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 005/07 (Processo nº 9163/07); pela Vereadora Maria
Luiza, a Indicação nº 157/07 (Processo nº 9097/07) e os Pedidos de Providência
nos 5217 a 5253/07; pelo Vereador Mario Fraga, o Pedido de
Providência nº 5254/07. Também, foram apregoados os Ofícios nos
1492, 1520 e 1521/07, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando,
respectivamente, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos
012 e 013/07 e o Projeto de Lei do Executivo n° 033/07 (Processos nos
9057, 9139 e 9138/07, respectivamente). Ainda, foi apregoado o Memorando nº
467/07, firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de
Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa,
hoje, da Vereadora Neuza Canabarro, na solenidade comemorativa ao septuagésimo
sétimo aniversário do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília – DF. Do
EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 295, 414, 2203 e 2718/07, do
Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, o Vereador Carlos
Todeschini formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta,
solicitando fosse realizada audiência da Presidência deste Legislativo com
candidatos aprovados em concurso público para a Polícia Civil do Estado e ainda
não nomeados pela Senhora Governadora Estadual, tendo a Senhora Presidenta
informado que os receberia, a seguir, no Salão Nobre Dilamar Valls Machado. Em
continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao
Senhor André Luiz Roncatto, Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de
Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Estado do Rio Grande do Sul –
SINDIÓPTICA/RS –, que apresentou a campanha “A pirataria também cega, uma
questão de visão”, desenvolvida pela entidade presidida por Sua Senhoria, a
qual tem o objetivo de esclarecer a população em relação aos malefícios da
utilização de óculos de má qualidade. Nesse sentido, em relação ao uso de óculos
falsificados, chamou a atenção para prejuízos à indústria desse setor e destacou
que a exposição dos olhos a raios ultravioleta pode levar à cegueira. Após, nos
termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib,
Dr. Raul, José Ismael Heinen, Luiz Braz e Ervino Besson manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em prosseguimento, foi apregoado
Requerimento de autoria do Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada do PT, solicitando,
nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde
para a Vereadora Margarete Moraes, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado
empossado na vereança o Suplente Mauro Pinheiro, informando que Sua Excelência
integrará a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana. Na oportunidade, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador Adeli
Sell, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento do Suplente Gerson
Almeida em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição à Vereadora
Margarete Moraes. A seguir, foi iniciado o GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor
Presidente informado que, durante esse período, seria realizada homenagem
destinada a assinalar o transcurso do centésimo trigésimo quinto aniversário da
Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora. Compuseram a Mesa: o Vereador João
Carlos Nedel, 2º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os
trabalhos; o Senhor João Bosco Vaz, Secretário Municipal de Esportes, Recreação
e Lazer, representando o Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; e o Senhor
José Francisco dos Santos, Presidente da Sociedade Beneficente Cultural
Floresta Aurora. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Mario Fraga homenageou a
história da Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, frisando a atuação
dessa entidade na promoção de manifestações artístico-culturais relacionadas,
em especial, aos negros. Nesse contexto, citou ex-Presidentes da Sociedade
Beneficente Cultural Floresta Aurora, salientando suas contribuições para o
crescimento e a consolidação dessa instituição como um dos mais tradicionais
núcleos em defesa da consciência negra. Em continuidade, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Senhor José Francisco dos Santos, que, em nome da
Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, agradeceu a homenagem realizada
pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e sete minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e
dez minutos, constatada a existência de quórum. Após, por solicitação do
Vereador Bernardino Vendruscolo, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem
póstuma ao Senhor Élson da Silva Farias, Diretor da Divisão de Limpeza e Coleta
do Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU –, falecido ontem. Em GRANDE
EXPEDIENTE, o Vereador Guilherme Barbosa referiu-se ao embargo imposto pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, no dia vinte e dois de novembro do
corrente, à obra do Centro Popular de Compras, protestando contra o fato de
esse empreendimento ter sido iniciado sem o devido licenciamento. Além disso,
quanto ao Relatório de Atividades de dois mil e seis da Prefeitura Municipal,
repudiou o aumento do número de cargos em comissão existentes na Administração
Centralizada. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Elói Guimarães pronunciou-se em
relação à postura adotada por Vereadores de oposição ao Governo Municipal,
considerando desproporcionais algumas críticas por eles dirigidas a medidas da
Prefeitura. Também, em relação ao Centro Popular de Compras, historiou o
processo de estudo para implantação desse Centro e afirmou que a questão do
licenciamento ambiental tem importância secundária, frente à relevância desse
empreendimento para a Cidade. O Vereador Adeli Sell formulou críticas ao
Governo Municipal, desaprovando o trabalho da Prefeitura nos serviços de coleta
de lixo, limpeza urbana, assistência social e saúde pública prestados à
população porto-alegrense. Além disso, procedeu à análise dos recursos
encaminhados pelo Ministério da Saúde ao Executivo Municipal. Finalizando,
protestou contra a publicação, pelo Governo Estadual, de material publicitário,
considerando-a contraditória à situação financeira atual do Rio Grande do Sul. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib pronunciou-se acerca de problemas na área
da saúde no Rio Grande do Sul, justificando que o Governo Federal não tem
enviado os recursos devidos para a melhoria dessa situação no Estado. Nesse
sentido, afirmou que a Prefeitura Municipal tem cumprido com sua parte na
destinação de dinheiro para o atendimento médico à população e que no tempo em
que o PT gerenciava a Cidade a situação era pior do que a atual. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson referiu-se ao sucesso alcançado pela
Festa do Pêssego de Porto Alegre, encerrada ontem, analisando dados acerca do
incremento na produção e na venda dessa fruta nos últimos anos no Bairro Vila
Nova. Sobre o tema, mencionou a presença de Vereadores desta Casa e a
participação da Prefeitura Municipal nesse evento, bem como a divulgação dada
pela imprensa para a Festa do Pêssego tivesse alcançado o resultado positivo
que alcançou. O Vereador Marcelo Danéris fez um balanço dos últimos onze meses
de gestão do Prefeito José Fogaça, lembrando problemas ocorridos nesse período,
como desajustes no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e em contrato para a
administração do Auditório Araújo Vianna. Também, ressaltou como exemplos de
mau gerenciamento da Prefeitura, entre outros, a crise da saúde pública
municipal e denúncias de irregularidades na aplicação de verbas do ProJovem e
em contratação de Cargos de Confiança ligados ao Executivo Municipal. O
Vereador Professor Garcia discorreu sobre atividades desenvolvidas pelo Departamento
Municipal de Limpeza Urbana – DMLU –, enaltecendo a gestão realizada pelo
Senhor Mário Fernando dos Santos Moncks no cargo de Diretor-Geral desse órgão.
Ainda, atentou para a necessidade de conscientização dos munícipes quanto ao
papel por eles desempenhado no processo de destinação adequada do lixo e de manutenção
da limpeza em vias e logradouros da Cidade. O Vereador Newton Braga Rosa
analisou o sistema tributário brasileiro, afirmando que mais de cinqüenta por
cento da população economicamente ativa do País atua no mercado de trabalho informal.
Nesse sentido, defendeu medidas para que sejam adequadas as legislações
estadual e municipal às normas constantes no Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, conhecido como Lei do Supersimples. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Nilo Santos examinou questões atinentes aos moradores de rua de Porto Alegre,
enfocando dificuldades enfrentadas pelos órgãos públicos para a solução desse
problema e frisando que nos últimos anos tem crescido o número de crianças e
jovens pedintes junto a sinaleiras da Cidade. Da mesma forma, relatou situações
vivenciadas por Sua Excelência, quando falsos mendigos colocaram em risco a
tranqüilidade e segurança de cidadãos. O Vereador José Ismael Heinen saudou a
nova Diretoria Regional Estadual do Democratas, eleita no dia vinte e três
deste mês, e manifestou-se quanto ao crescimento do número de jovens pedintes
junto a sinaleiras da Cidade. Também, denunciou que o Cinema Guion, do Centro
Comercial Nova Olaria, descumpre legislação federal quanto à concessão de
descontos para idosos e, finalizando, questionou fórmulas vigentes no País,
para distribuição de tributos entre União, Estados e Municípios. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 280, 281, 268, discutidos pelo Vereador João Antonio
Dib, 250 e 261/06, discutidos pelo Vereador Dr. Raul, o Projeto de Lei do
Executivo nº 030/07, o Projeto de Resolução nº 084/07, discutido pelo Vereador
João Antonio Dib; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
193, 249, 283, 291, 292 e 294/07, o Projeto de Lei do Executivo nº 031/07, os
Projetos de Resolução nos 082 e 083/07; em 3ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 269, 274, 284, 285 e 240/07, este discutido
pelos Vereadores Adeli Sell, João Carlos Nedel e Claudio Sebenelo, os Projetos
de Lei do Executivo nos 028 e 029/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Haroldo de Souza
procedeu à leitura de listagem recebida por Sua Excelência, relativa a
licitações a serem promovidas pelo Governo Federal, com vistas à aquisição de
produtos para uso no Palácio do Planalto. Sobre o assunto, declarou que o
montante dessas mercadorias excede valores normais de consumo, destacando que o
País vive uma situação econômica que exige contenção de despesas e
responsabilidade no gasto de recursos públicos. O Vereador Adeli Sell externou
sua preocupação com informações públicas disseminadas por meio de correio
eletrônico, em mensagens conhecidas tecnicamente como “hoax”, replicando
distorções acerca de gastos públicos do Governo Federal, distribuídas dessa
forma. Nesse contexto, justificou que os problemas econômicos que afetam a
população não são os mais importantes, e sim as altas alíquotas dos serviços
públicos, a corrupção e o mau gerenciamento do Estado como um todo. O Vereador
Claudio Sebenelo lembrou que amanhã se comemora o Dia Nacional de Combate ao
Câncer, enfocando a importância dessa data. Ainda, manifestou sua indignação
contra episódio ocorrido no Pará, onde uma menina de quinze anos foi
aprisionada numa cela com aproximadamente vinte homens, repudiando declarações
da Governadora daquele Estado, que afirmou serem comuns situações dessa
natureza no Norte e Nordeste do País, e a falta de providências prévias sobre o
assunto. O Vereador Mauro Zacher manifestou-se relativamente à sua gestão na Secretaria
Municipal da Juventude, analisando as ações implementadas por Sua Excelência à
frente desse órgão, especialmente aquelas envolvendo o Programa Nacional de
Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem. Nesse
contexto, apontou dificuldades existentes para implementar esse Programa na
Cidade, comparando dados do Projovem em Porto Alegre e em outras capitais brasileiras.
A
Vereadora Clênia Maranhão convidou todos para o seminário intitulado “O futuro
econômico de Porto Alegre”, a ocorrer nos dias vinte e oito e vinte e nove
deste mês, e elogiou ações desenvolvidas pelo Departamento Municipal de Limpeza
Urbana na busca de melhorias na reciclagem do lixo na Cidade. Ainda, protestou
contra prisões ocorridas no Estado do Pará, divulgadas pela imprensa, nas quais
meninas e mulheres foram colocadas em celas onde se encontravam homens presidiários.
Em prosseguimento, o Vereador Mario Fraga manifestou-se sobre o reinício das
obras do Centro Popular de Compras. A seguir, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 070/05, em sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto
Parcial aposto, por vinte e seis votos NÃO, após ter sido discutido pelo
Vereador Mario Fraga, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Luiza, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sofia Cavedon e
Valdir Caetano. A seguir, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal,
solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete horas e
vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às dezessete horas e trinta e nove minutos, constatada a existência
de quórum. Na oportunidade, em face de Requerimento verbal formulado pelo
Vereador Adeli Sell, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da votação do
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 009/07, e de manifestação da
Vereadora Clênia Maranhão relativa a esse Requerimento, a Senhora Presidenta
prestou informações acerca da priorização para a apreciação de matérias
constantes na Ordem do Dia da presente Sessão. Após, foi aprovado Requerimento
verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Em Votação, foi aprovado o Requerimento
nº 154/07. A seguir, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador João
Antonio Dib, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da
possibilidade de adiamento da apreciação do Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 009/07. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e
quarenta e nove minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, os
Vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Mario Fraga e João Antonio Dib
manifestaram-se acerca da ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Após, foi votado Requerimento verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de
Líderes, o qual recebeu quatorze votos SIM, após ser encaminhado à votação
pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib e Mario Fraga, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Guilherme Barbosa, tendo votado os Vereadores Alceu
Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão,
Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael
Heinen, Maria Luiza, Mario Fraga e Professor Garcia, votação esta declarada
nula pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo.
Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca do pronunciamento
efetuado pelo Vereador Mario Fraga durante o encaminhamento à votação do Requerimento
acima referido, de alteração da ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Também, foi apregoado o Memorando nº 471/07, firmado pela
Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por
meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador Carlos
Comassetto, hoje, na III Conferência Nacional das Cidades, em Brasília – DF. Às
dezoito horas e três minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo,
a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e pelos Vereadores Alceu Brasinha
e João Carlos Nedel e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João
Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata,
que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo
único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para um Requerimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Srª
Presidente, eu queria falar, aqui, em nome da minha Bancada, do Líder Ver.
Adeli Sell e dos demais Vereadores, pois encontra-se presente no Plenário,
representados pela UGEIRM, um grupo de policiais que fizeram concurso, estão
aprovados, cumpriram todas as etapas para o ingresso na Polícia Civil, e, no
entanto, o ato de nomeação não acontece por parte da Governadora. Eles vêm a
esta Casa em busca de apoio, e peço que eles sejam recebidos pela Presidência
para que possam entregar uma carta de manifestação à Srª Presidente.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Defiro o
Requerimento de Vossa Excelência. Convido os nossos visitantes a se dirigirem
ao Salão Nobre da Presidência. Logo estaremos nos dirigindo para lá para que
possamos recebê-los, juntamente com o Ver. Carlos Todeschini. Convido também as
Lideranças que quiserem nos acompanhar nessa agenda.
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que assuma a
presidência dos trabalhos.
(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Passamos à
O
Sr. André Luiz Roncatto, representando o Sindicato do Comércio Varejista de
Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Estado do Rio Grande do Sul -
Sindióptica/RS, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para
tratar do assunto “A pirataria também cega, uma questão de visão”.
O SR. ANDRÉ LUIZ RONCATTO: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores; o
Sindióptica pede a palavra para falar a respeito da saúde visual. A pirataria,
a falsificação e o contrabando vêm trazendo grandes prejuízos à nossa
sociedade. Na maioria das vezes, a população não percebe as conseqüências que
esse comércio ilegal gera ao cidadão. Falência das empresas, diminuição de
vagas de emprego e menor arrecadação do Estado são exemplos da gravidade deste
problema.
O crescimento do crime organizado ligado ao
comércio ilegal diminui as oportunidades para todos. Sabemos que o ilícito é
uma realidade mundial, mas precisamos do apoio de todos para combatê-lo. No
nosso segmento, vimos o enxugamento, o prejuízo, a falência de nossas
indústrias, onde tínhamos 150 indústrias, em menos de dez anos, temos apenas
cinco. Peço a atenção, porque, realmente, é um número muito grande num pequeno
período de tempo.
Nós recebemos informações de que os óculos de sol
falsificados entram no nosso País a R$ 0,25, e é comercializado de 15 a 20
reais. É um lucro realmente interessante. Entendemos que, em virtude desse
preço, as pessoas acabam seduzidas por modelos muito parecidos aos
comercializados e acabam tendo prejuízo com um produto falsificado, um produto
sem proteção.
Nós sabemos que o ser humano, quando se expõe aos
raios ultravioleta, quando vai à praia, passa um protetor na pele para
protegê-la dos raios ultravioleta, e os olhos são tão sensíveis quanto a pele,
ou mais. Em alguns casos, as pessoas que usam esse produto falsificado chegam
até à perda, à falência da visão. Então, são riscos realmente muito graves à
saúde da sociedade.
O ser humano tem um movimento natural de proteção
do olho humano: quando exposta ao sol, a pupila fecha - quando tem luminosidade
-, e abre quando colocamos um óculos de sol. Esse óculos sem proteção, quando
são colocados, fazem o escurinho, e a pupila dilata, fazendo com que o fundo do
olho fique muito mais exposto aos raios ultravioleta, pois não há filtro para
proteger o olho humano. Sabemos também que o ser humano até os dezoito anos tem
muito mais exposição aos raios ultravioleta
por estarem mais tempo expostos diretamente aos raios do sol. Então, as nossas
crianças, os nossos filhos, estão sofrendo esse grave prejuízo dessa nova
realidade da humanidade que são os raios ultravioleta.
Nós
não somos contra os camelôs, nós somos contra os ambulantes ilegais e os
produtos sem proteção.
O
Sindióptica se uniu com outros setores que vêm sofrendo prejuízos com a
pirataria, e fundamos o Comitê Estadual de Produtos Falsificados. O
Sindióptica, também sensível a toda essa responsabilidade de conhecer esse
grave problema da sociedade, lançou uma campanha que se chama “Não tape o sol
com a peneira”. Nessa campanha, nós visitamos o Centro de Porto Alegre, o
Parque da Redenção, o Parque Moinhos de Vento e alguns outros pontos de
concentração de pessoas, e desenvolvemos alguns materiais que foram
distribuídos, com informações importantes para que as pessoas tenham
conhecimento dos riscos que elas correm, quando utilizam produtos falsificados.
Nós
queremos também pedir a esta Câmara, solicitamos à Mesa, uma Moção de Apoio à
luta do Sindióptica, que é uma luta pela saúde, contra um Projeto de Lei que
está tramitando na Câmara Federal, de autoria do Sen. Jonas Pinheiro, que tem
um Parecer que permite que esse produto seja vendido em qualquer
estabelecimento. Basicamente, são essas as nossas palavras. Muito obrigado,
mais uma vez. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Convido
o Sr. André Luiz Roncatto a fazer parte da Mesa.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. João Carlos Nedel; meu caro André Roncatto, dirigentes do
Sindióptica que estão aqui, é um prazer recebê-los. Falo em nome da minha
Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, e gostaria de fazer - e farei
por escrito, Ver. Nedel - um Requerimento, para que sejam mandadas ao Congresso
Nacional, para o Senador Jonas Pinheiro, as falas do Presidente do Sindióptica
e as falas dos Vereadores, porque elas ajudarão, sem dúvida nenhuma, os
parlamentares a terem uma idéia das preocupações dos comerciantes com a Saúde
Pública. Há um Projeto no Congresso Nacional extremamente importante, porque
trata da questão da proteção contra os raios ultravioleta em especial, mas não
tem nenhuma garantia de que óculos não sejam vendidos, inclusive na rua. E nós,
aqui em Porto Alegre, somos vanguarda, nós proibimos a venda de material óptico
na rua. Porto Alegre é um bom exemplo para que o Congresso Nacional cuide
disso, porque nós temos que ter educação e garantia da Saúde Pública.
Eu
lastimo que, ontem, em rede nacional, a Rede Globo, mais uma vez, através do
programa Fantástico, tenha feito um desserviço ao povo brasileiro, badalando a
chamada “Feirinha do Brás”, sem colocar que aqueles que compravam estavam
cometendo ilícitos, comprando produtos, sem nota, vindos da China.
Portanto,
nós estamos hoje “remando contra a maré”, mas é importante que a gente marque
essa questão, para que os nossos parlamentares estejam atentos a ela. Falei em
nome da minha Bancada.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):
Obrigado, Ver. Adeli Sell.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel; caríssimo André Luiz Roncatto,
Presidente do Sindióptica; realmente, “Não tape o sol com a peneira” é uma
campanha que coloca exatamente a proporção daquilo que acontece com o material
óptico vendido nas ruas de nossa Cidade. É uma campanha antiga que vem sendo
feita contra esse tipo de venda nas ruas. Eles não só vendem esse tipo de
óculos de proteção solar que não protege coisa nenhuma e pode até causar
astigmatismo e outras coisas mais, como também vendem óculos de grau, quando
nós sabemos que, ao fazer óculos em uma óptica, há medidas a serem tiradas,
depois de pronto eles são colocados no rosto, para saber se tudo funciona
certinho e, de repente, até tem que fazer um ajuste. E, quando compra na rua, a
pessoa sai achando que foi bem atendida e, na verdade, está “tapando o sol com
a peneira”, e, pior do que isso, está trazendo para si uma doença, um problema
mais sério - lembro-me do Secretário da Saúde Jair Soares lutando contra isso.
Portanto, acho que é necessária uma conscientização muito grande dos
responsáveis pelas coisas que acontecem nas ruas da nossa Cidade para que isso
termine. Acho também que devem receber o apoio da nossa Bancada - Ver. João
Carlos Nedel, Ver. Newton Braga Rosa - para que os Deputados possam fazer um
belo trabalho no sentido de terminar, uma vez por todas, não só em Porto
Alegre, mas em todo o País, com esse mal que aflige muito mais gente do que se
possa ter idéia. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O
Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Exmo
Sr. Ver. Nedel na presidência dos trabalhos, Sr. André Luiz Roncatto,
Presidente do Sindióptica do Rio Grande do Sul; eu falo como médico de Saúde
pública e representando a Bancada do PMDB na condição de indignado pela maneira
como está sendo conduzido isso em nosso País: estamos expostos a todo o tipo de
pirataria. Então, essa pirataria geral e permitida é uma coisa que não vai nos
levar a nada de positivo, é aquela coisa de tentar resolver pequenos problemas
econômicos, causando grandes danos para a sociedade. A gente vê, digo isso como
médico da Saúde pública, que os danos das radiações ultravioleta sobre os olhos
são irreversíveis. Então, quem vai pagar por isso? Ninguém paga por isso! Quem
paga é o próprio ser humano que acaba não se dando conta de como está pagando,
porque essas coisas vão ocorrendo cronicamente e só vão se agudizar lá na
frente. E aquela pessoa que teria a sua visão na plenitude até determinada
idade, vai perder, muitas vezes, dez, quinze anos de uma visão adequada que
ainda poderia ter, em função dessas coisas malconduzidas. A gente vê isso,
inclusive, na área das crianças: agora vejam o absurdo que está acontecendo com
os brinquedos infantis! A gente está sujeitando os nossos filhos, as crianças,
a isso sem uma medição adequada, sem o Inmetro, sem testes, pensando assim:
“Ah, é mais baratinho; vamos comprar”.
Então,
essa reportagem do programa Fantástico, de ontem, a que o Ver. Adeli Sell se
referiu, dá bem a mostra de como o País trata esse tipo de situação. Nós
queremos solidarizar-nos e dar o apoio da Bancada do PMDB, e dizer que estamos
indignados com isso. Contem com a nossa força política para que consigamos
evoluir e melhorar essa questão no nosso País.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Quero
cumprimentá-lo na presidência dos trabalhos, Ver. João Carlos Nedel, e quero
cumprimentar, com muito orgulho, o Sr. José Luiz Roncatto, Presidente do
Sindióptica do Rio Grande do Sul.
Parece
que a data já estava escolhida há tempo, e, se fosse escolhida hoje, não seria
mais preciso que V. Sª viesse aqui expor os malefícios que causam os óculos
falsificados, piratas, para as pessoas deste País que os usam indevidamente.
Foi noticiado, neste final de semana, uma nova avaliação das emissões de CO²
e NO² na atmosfera, com a previsão de um crescimento de 25% ao ano.
Eu acredito que estamos perdendo essa guerra. Não é só com relação aos
óculos, os raios solares estão ficando, a cada ano, piores, trazendo maiores
malefícios, inclusive sendo o câncer de pele o protagonista de incidências para
o próximo ano.
Então,
V. Sª veio no momento certo; essa preocupação soma-se a todas as outras para as
quais, de uma vez por todas, temos que tomar a decisão de optarmos pela saúde,
pela segurança e pela educação neste País - sem CPMF, de preferência.
Parabéns,
muito obrigado, receba o apoio do Democratas.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidente, Ver. Nedel, eu quero cumprimentar o representante do Sindióptica
que está aqui, mais uma vez, para conscientizar toda a sociedade com relação ao
perigo dos produtos piratas, principalmente os óculos de sol.
Nós
estivemos em Brasília para visitar aquela grande feira de importados, e a gente
viu que existe realmente uma diferença brutal entre os produtos que são tidos
como originais e os produtos vendidos nessas feirinhas, muitas vezes
falsificados. É claro que há essa diferença toda do falsificado para o
original, mas se a gente for ver, realmente, a diferença que se pratica nos
preços é muito grande. Eu acho que uma das preocupações de todos esses
fabricantes - e realmente o que se paga é a marca -, que é uma das dificuldades
que a população tem, é exatamente de poder adquirir esses produtos originais,
porque o salário é baixo, o ganho é baixo, e geralmente os preços são muito
elevados. Eu acho que precisava, também, haver um grande movimento para que
esses preços, não apenas os dos óculos, mas também os de outros produtos,
pudessem estar mais de acordo com a economia que nós praticamos aqui em nosso
País; eu acho que assim nós evitaríamos muita pirataria. Eu acho que o que
força, muitas vezes, o crescimento da pirataria é exatamente o preço que nós
pagamos pelos produtos originais, pela diferença que há, muitas vezes, de
produtos similares que se encontram nessas grandes feiras. É claro que é
extremamente válida essa campanha que V. Sa. vem fazer, de conscientização para
as pessoas, mas eu acredito que essa conscientização deve estar também,
principalmente, com aqueles empresários que são os grandes fabricantes desses
produtos, eles têm que fazer com que esses produtos cheguem a um preço melhor
para o consumidor final. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro
Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Sr. André Luiz Roncatto, Presidente do
Sindicato, em nome da minha Bancada, do PDT - dos Vereadores Mario Fraga, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Mauro Zacher, e do nosso Secretário João Bosco Vaz,
que também nos honra com a sua presença e que pediu para falar também em seu
nome -, quero dizer-lhe que vejo a Tribuna Popular como uma grande conquista, e
V. Sa. traz este assunto de grande importância, pois a gente vai ao Centro e se
encontra 10, 20 pessoas vendendo produtos pirateados. Eles colocam os produtos
em cima de um pedaço de tábua e os vendem livremente, produtos que podem causar
sérios problemas à saúde da nossa população. Portanto, meu caro Presidente
André, você pode contar com a nossa Bancada, o Sindicato pode contar. Eu acho
que temos que estar juntos para tentar resolver este problema que é de Saúde
pública. Tratando-se de Saúde pública nós temos que estar juntos, nós temos que
estar mais integrados, porque é a saúde da nossa população. Portanto, receba o nosso abraço e o
apoio, não só da Bancada do PT, mas o apoio da totalidade das Bancadas dos
Vereadores desta Casa. Receba o nosso abraço!
(Não
revisado pelo orador.)
Sr.
André, muito obrigado pela sua presença. A comunidade porto-alegrense agradece.
Seja muito bem-vindo!
A
Verª Margarete Moraes solicita Licença para Tratamento de Saúde para o dia de
hoje. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Mauro Pinheiro, que integrará a
Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana -
CEDECONDH -, em função da impossibilidade de o Suplente Gérson Almeida assumir
a Vereança.
Passamos
ao
Hoje,
este período é destinado a homenagear a Sociedade Beneficente Cultural Floresta
Aurora pelos seus 135 anos, proposta pelo Ver. Mario Fraga.
Convidamos
para compor a Mesa o Sr. João Bosco Vaz, Secretário Municipal de Esportes,
Recreação e Lazer, representando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e o
Sr. José Francisco dos Santos, Presidente da Sociedade Beneficente Cultural
Floresta Aurora.
O
Ver. Mario Fraga, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo do Ver. Ervino Besson.
O
SR. MARIO FRAGA: Exmo
Ver. João Carlos Nedel, presidindo os trabalhos da Câmara Municipal de Porto
Alegre; Sr. José Francisco dos Santos, o Chico, nosso amigo, Presidente da
Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora; Sr. João Bosco Vaz, Secretário
Municipal de Esportes, Recreação e Lazer e também Vereador desta Cidade,
representando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, demais autoridades presentes, Srs. representantes da imprensa,
senhoras e senhores, público que nos assiste nas galerias e público que nos
assiste pela TVCâmara, é com muito prazer que venho a esta tribuna fazer esta
homenagem, homenagem nossa, do PDT, mas que veio através do nosso amigo
Secretário João Bosco Vaz, e que também veio por meio do Ver.
Ervino Besson, que me cedeu, hoje, o seu tempo no período do Grande Expediente
para poder fazer a homenagem à Floresta Aurora. Casualmente eu, por incrível
que pareça, Presidente Francisco, também tenho uma ligação com a Sociedade
Floresta Aurora. Aliás, é difícil que algum Vereador desta Casa não tenha uma
ligação com o Floresta Aurora, um clube tão antigo, que se pode dizer o mais
antigo; 135 anos é uma tradição, Ver. João Bosco Vaz - que nos deu essa idéia
de fazer essa homenagem. Aí, desde que veio essa idéia, comecei a dar uma
olhada em alguns relatos, alguns livros, inclusive no Google, que todo mundo
usa hoje em computador, Ver. João Bosco Vaz. Há bastante coisa, há algumas
páginas sobre o Floresta Aurora. Até jornal com o nome Floresta Aurora já
houve.
Então,
fiquei muito contente e fiz essa ligação com todos os Vereadores, mas - peço
licença - principalmente com o PDT, que tem essa história, essa tradição na
luta das comunidades mais carentes; neste caso, dos negros que lutavam naquela
época, 135 anos atrás, para se libertarem de seus patrões, para se libertarem
da escravidão e que, depois, o conseguiram, com a Lei Áurea.
Com
certeza, muitas histórias aconteceram dentro do Floresta Aurora, muitas pessoas
foram envolvidas nessa história.
A
primeira sede, na Av. Cristóvão Colombo com a Rua Dr. Barros Cassal; depois,
veio para a Rua Lima e Silva, na Cidade Baixa, onde hoje é o Brooklyn; depois,
por incrível que pareça, meu amigo Casulo, que está nos assistindo, foi parar
na minha terra, em Belém Novo. Ver. Ervino Besson, a Floresta Aurora foi parar
lá do lado da Hípica, na sede onde hoje está o BRDE. O meu amigo Rudimar é lá
da Restinga, conhece tão bem a nossa zona, e representa muito essa comunidade
negra também.
Depois, graças à ajuda de muita gente, Presidente,
fomos parar onde hoje estamos, lá na Av. Coronel Marcos, na sede própria.
Depois de Belém, veio para a Rua Curupaiti, onde ficamos vários anos. João
Paulo Casulo, nosso amigo aqui, peço permissão para falar; reuniões do Partido
Democrático Trabalhista, com Carlos Araújo, lá no Floresta Aurora. A gente
começa a pensar e volta a lembrar-se do que aconteceu na nossa vida com o
Floresta Aurora. Faço uma referência muito especial, também, nessa época, ao
Moisés Santana e ao Nelson Santana, que, em 1992, participavam ativamente do
Floresta Aurora e, junto com o companheiro Juruna, que era um mestiço e que
tanto me ajudou naquele ano de 1992, na campanha, e tantas vezes passamos pelo
Floresta Aurora, e, lembrou bem, havia um fusca azul, não sei se era do Moisés
ou do Nelson, ou eles alugaram para o Partido para nos ajudar na campanha.
Então, faço esta referência aqui, o Moisés e o
Nelson não puderam estar presentes, mas, daquela época da Rua Curupaiti, também
tenho essa grande lembrança, Presidente Francisco.
Depois, chegamos à sede da Av. Cel. Marcos, nº 527,
que, para a minha felicidade, que moro em Belém Novo, passo todos os dias ali,
no mínimo, duas vezes. Ou seja, temos, depois de todas essas lutas, um grande
patrimônio, inclusive com todas as dívidas pagas.
Para que tudo isso chegasse aonde chegou, citaremos
alguns ex-presidentes que participaram dessa luta.
O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Quero, em primeiro lugar, agradecer V. Exª
por permitir este aparte e cumprimentar o nosso Ver. Bosco, Secretário,
representando o nosso Prefeito, mas principalmente, Presidente Francisco, um
carinho todo especial, porque nós também tivemos um laço, no passado, com o
Clube Floresta Aurora. Lembro da Prof.ª Sandra, quando preparava o Baile das
Debutantes, naquela Sociedade magnífica, fazia os ensaios no Geraldo Santana,
quando eu era Presidente; tínhamos uma relação maravilhosa.
Então, leve de nós todos, aqui da Câmara de
Vereadores, do Democratas, e de todos os sócios do Geraldo Santana, os
parabéns, a nossa admiração, sucesso, muito obrigado, e parabéns por essa
justíssima homenagem.
O SR. MARIO FRAGA: Obrigado, Ver.
Ismael Heinen.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero cumprimentar o Presidente, quero
cumprimentar o João Bosco Vaz, que nos visita, que é Vereador e Secretário da
SME; e o nosso José Francisco, Presidente do Floresta Aurora. Parabenizo V. Exª
e o João Bosco Vaz por essa brilhante iniciativa, e quero dizer, meu caro
colega Ver. Mario Fraga, que, quando vim do Interior, o primeiro Clube que
freqüentei foi o Floresta Aurora.
Então, fica aqui o meu reconhecimento, o meu abraço
e a minha gratidão. Espero que vocês continuem, porque vocês têm uma história
muito marcante nesta cidade de Porto Alegre. Parabéns por esta justíssima
homenagem.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Fraga, quero dar os parabéns a
V. Exª, parabéns para o Clube, mas também dizer a V. Exª que sempre a gente tem
uma lembrança do azul. Por casualidade, V. Exª lembrou do fusca azul, e o azul
sempre está presente na vida de todos os desportistas, não é, João Bosco Vaz?
Parabéns pela homenagem.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Fraga, ao cumprimentá-lo, quero cumprimentar
também o Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel; o Secretário e Vereador João
Bosco Vaz; o amigo e colega José Francisco; e cumprimentar a entidade.
No
Brasil, quando uma entidade chega aos 50 anos, já é um fato muito forte;
imagina chegar aos 135 anos e sendo um local de luta e de resistência.
Parabéns. Obrigado, Ver. Mario Fraga.
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Ver. Guilherme.
Então,
vamos citar alguns ex-presidentes, Secretário João Bosco Vaz: Júlio Soares;
Heitor Nunes Fraga; Moisés Santana; Waldemar Ferreira - o Bola; Jaino Martins;
Sérgio Luis Fonseca, que tive também o prazer de conhecer, inclusive na festa
do João Bosco Vaz; o atual Presidente, José Francisco; Dalmiro Ruffino Lemos.
Outros que foram ou são conselheiros, também gostaria de citar: a nossa amiga
Carla de Abreu Vieira - esposa do nosso amigo Jader, que trabalha com o
Deputado Vieira da Cunha -, que me proporcionou, nos últimos anos, a
oportunidade de ter freqüentado a Sociedade Beneficente Cultural Floresta
Aurora. O Nelson Santana, que também é conselheiro; José Flávio Rocha Silveira;
Luis Alberto da Silva; Leôncio da Silva; e Eloi da Silva.
Um
capítulo especial a um amigo do Floresta Aurora, o Dr. Alceu Collares, por tudo
o que fez para que o Floresta Aurora estivesse aqui até hoje. O Alceu Collares,
para quem não sabe - mas todos sabem, porém falo para a TVCâmara -,
principalmente pelas suas lutas que apresentou junto ao Floresta Aurora,
inclusive ajudando a fazer pagamento e cobrando dívidas que o Floresta Aurora
tinha. Então, faço uma referência especial ao Dr. Alceu Collares pela sua luta.
E
hoje, por coincidência, o Flávio Alcaraz Gomes fala, em sua coluna do jornal O
Sul, sobre a consciência negra, José Francisco, e também faz uma homenagem, no
final da coluna - o que estava escrito no meu discurso -, ao Alceu Collares
pela sua luta pela consciência negra (Lê.): “Dedico esta coluna a um cidadão
que honra os gaúchos: Alceu de Deus Collares”; Flávio Alcaraz Gomes escreveu
hoje no jornal O Sul.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu quero dizer
a V. Exª e à Casa, que uma entidade que completa 135 anos e continua crescendo
merece todos os elogios, e não preciso dizer muito mais do que isso. A eles,
sucesso. Saúde e PAZ!
O
Sr. Dr. Raul: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de me somar à
homenagem aos 135 anos do Floresta Aurora, e na pessoa também do Presidente
Francisco, cumprimentar o Secretário João Bosco, enfim, dizer que fico muito
satisfeito. E, na pessoa do Presidente, eu saúdo todos aqueles que têm a honra
e a satisfação de serem freqüentadores desde a fundação do Floresta Aurora. Eu
também já fui presidente de clube social, tive a honra de, na minha posse, ter
sido honrado com a presença da presidência do Floresta Aurora, lá no Petrópolis
Tênis Clube. E a gente tem um carinho todo especial por essa entidade.
Desejamos que esses 135 anos tornem-se mais 135 e mais 135, e as nossas
comunidades possam usufruir o Floresta Aurora por um longo período na sua vida.
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Dr. Raul.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario, quero cumprimentar V.
Exª, cumprimentar o Ver. João Bosco Vaz, cumprimentar a Sociedade Beneficente
Cultural Floresta Aurora pelos seus 135 anos, até porque, são raríssimos, em
todo o nosso País, aqueles clubes sociais que representam realmente a gente
negra. E, por isso mesmo, quando um clube desses completa 135 anos, com essa
pujança que tem o Floresta Aurora, realmente todos nós, e a Casa do Povo
representa toda essa sociedade, temos obrigação de fazer esta homenagem.
Parabéns!
O
SR. MARIO FRAGA: Obrigado,
Ver. Luiz Braz. Presidente José Francisco, antes de encerrarmos, nós não
podemos esquecer de abrir um parêntese: V. Sa. esteve na Casa pelas denúncias
que houve, em 16 de maio, esteve aqui a Verª Neuza Canabarro, que se manifestou
pelo PDT para poder-lhe ajudar. Eu sei que não foram solucionados todos os
problemas, mas, neste momento, eu acho que o Presidente também deve aproveitar,
para nós, todos os Vereadores, resgatarmos que o Floresta Aurora possa
continuar a fazer as suas festas como os muitos jantares de que participei,
cafés, chás, etc. Hoje, o Floresta está tranqüilo, então não há por que ser
reprimido através da Secretaria, através da SMIC ou de algum órgão do Município
ou do Estado. Todos nós aqui ouvimos os Vereadores, todas as Bancadas se
manifestaram: o Floresta Aurora é um clube de tradição e que honra a nossa
Cidade e o nosso Estado.
Quero
fazer uma referência também ao Calunga, que foi um dos maiores expoentes do
basquete gaúcho, saiu lá do Floresta Aurora para fazer parte da nossa Cidade,
do nosso Estado e até do Brasil.
E,
também, pelo PDT, quero dizer que até o Dr. Leonel de Moura Brizola, em
determinado momento, esteve lá dentro do Floresta Aurora, eu vi no google
uma foto do Leonel Brizola dentro do Floresta Aurora, o que me emocionou muito,
quando estava procurando relatos sobre o Floresta Aurora.
Desejo,
como todos os Vereadores disseram, Presidente José Francisco, vida muito longa,
mais longa ainda ao Floresta Aurora, que jamais vai terminar um clube que
chegou aos 135 anos, e que o João Bosco Vaz e o Ervino Besson conseguiram que
viesse para mim, meu amigo “Passo Fundo”, Luiz Carlos, fazer esta homenagem ao
Floresta Aurora. Então, mais uma coisa que marca minha vida nesta passagem pela
Câmara Municipal: eu consegui fazer uma homenagem a um clube, Dr. Raul, de 135
anos.
Muito
obrigado, e vida longa para o Floresta Aurora!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):
O Sr. José Francisco dos Santos, Presidente da Sociedade Beneficente Cultural
Floresta Aurora, está com a palavra.
O
SR. JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Quero, inicialmente, dizer que hoje é
um dia muito especial para a Sociedade Floresta Aurora, e não poderia ser
diferente, pois estamos recebendo a homenagem desta Câmara pelos nossos 135
anos de existência.
Esta
homenagem foi idealizada pelo Secretário Municipal do Esporte, João Bosco Vaz,
e proposta pelo Ver. Mario Fraga, com a anuência desta Casa. Essa nossa
existência sempre colocou à prova a garra, a dedicação, a capacidade de
transpor obstáculos do povo negro. E isso nos lembra uma citação do pensador Lao-Tsé
que disse que “o rio atinge seus objetivos, porque aprendeu a transpor
obstáculos”. Nós, que temos a sorte de estar liderando os destinos desta
sociedade neste momento, queremos, humildemente, ser esse rio.
Queremos
agradecer, em primeiro lugar, a Deus, que nos tem dado muita força nos momentos
difíceis; aos nossos ancestrais que, de onde estiverem, tenho certeza, estão
sempre nos mandando bons fluidos para que possamos ter a harmonia e o
equilíbrio necessários para continuar a caminhada; agradecemos à nossa
Diretoria Executiva que tem sido tão operosa; aos nossos Conselhos,
Deliberativo e Fiscal, por estarem sempre perto para o aconselhamento;
agradecemos ao Secretário João Bosco Vaz, ao Ver. Mario Fraga por esta
deferência; à Câmara de Vereadores, por ter-nos acolhido em seu seio, para que
esta homenagem fosse feita. Por fim gostaria de citar Bernard Shau quando, num
momento feliz, fez a seguinte frase: “As pessoas que vencem neste mundo são as
que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as
criam”. E nós estamos tentando criar essas circunstâncias. Então, eu queria, do
fundo do meu coração, agradecer este Parlamento por esta deferência tão
especial que muito nos honra e que demonstra a importância de uma sociedade que
resistiu 135 anos, apesar de todas as dificuldades que tem encontrado ao longo
da sua caminhada, mas ela nunca fechou as portas, e nunca haverá de fechar!
Quero pedir que o Grande Arquiteto do Universo possa estar nos protegendo,
iluminando e guardando a todos. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Nós
agradecemos a presença do Sr. José Francisco dos Santos, Presidente da
Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, e aceite os nossos cumprimentos
pelos 135 anos de fundação. Esta Cidade tem muito orgulho da sua Entidade, a
Floresta Aurora. Meus parabéns! Muito obrigado pela presença. Suspendemos a
Sessão para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h07min.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel – às 15h10min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento):
Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Élson da
Silva Farias, Diretor do DMLU e companheiro do PMDB.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Deferimos o
pedido.
(Faz-se um
minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Obrigado, Ver.
João Carlos Nedel, que preside a nossa Sessão, demais colegas Vereadores aqui
presentes, também temos a presença da Verª Maria Luiza e demais pessoas que nos
acompanham.
Na quinta-feira passada, fomos todos surpreendidos
com uma informação de que uma Secretaria da Prefeitura tinha embargado uma obra
de outra Secretaria da Prefeitura. A SMAM embargou, na quinta-feira da semana
passada, a obra do Centro Popular de Compras, o popularmente chamado
“Camelódromo”. E isso é uma grande surpresa, porque ficamos sabendo que a
Secretaria Municipal da Indústria e Comércio tinha autorizado uma obra num
espaço municipal que é uma obra executada por uma empresa privada, às suas
custas, sem que a SMIC tivesse obtido, pode ser até a própria empresa
construtora, a licença ambiental necessária para a construção da obra. Para o
telespectador que nos acompanha é preciso dizer que há três licenças
ambientais. A primeira é quando o empreendedor, seja privado ou público, vai ao
órgão respectivo, que tem aquela responsabilidade, no nosso caso a SMAM, e leva
um processo eminentemente descritivo sobre um empreendimento que quer levar
adiante, mas já faz, por óbvio, um croqui, um desenho provisório, mostrando
como vai ficar o empreendimento, as suas características e assim por diante.
Aprovado pelo órgão ambiental, esse empreendedor recebe, então, uma licença
prévia. Com essa licença prévia, o empreendedor vai adiante e elabora um
projeto de engenharia, aquele projeto que serve para se executar a obra. Essa
licença se chama Licença de Instalação, quando esse projeto de engenharia é
aprovado. Pois bem, a SMIC precisava ter essa Licença de Instalação e não
tinha. Então, nós ficamos assustados por duas razões: a primeira, um órgão do
Poder Público Municipal
descumpre a Lei; e, o segundo aspecto que chama a atenção e nos preocupa, é que
não há nenhuma relação, nenhuma combinação de movimentos entre um órgão e
outro, que seria uma obrigação óbvia, e além disso ainda existe uma Secretaria
de Coordenação de Governo, de gestão, liderada pelo Secretário Clóvis
Magalhães. Portanto, mostra que não funciona, não existe, quando a gente
percebe uma situação dessas. E a partir do evento da quinta-feira, Ver. Dib,
por óbvio comecei a pensar e fui buscar as informações. Até sexta-feira, Ver.
Dib, se não havia a autorização da SMAM, se não havia a licença de instalação
da SMAM, não havia, também, a aprovação do projeto pela Secretaria de Obras e
Viação, Ver. Dib. Também a SMIC, portanto - aqui da base do Governo só vejo o
Ver. Bernardino, e o Ver. Nedel, e o Ver. Dib, desculpe -, não tinha também a
aprovação do Projeto pela SMOV, porque já há algum tempo, ainda no nosso
período, e continua, e está correto, quando chega um projeto importante como
esse, tira-se cópia do projeto principal, do expediente único, como V. Exª
conhece, para que ele possa tramitar mais rapidamente, e isso vai para todas as
Secretarias envolvidas com o assunto, para que, exatamente, não fique uma
esperando pela outra, e assim por diante, vai ao mesmo tempo para todas elas, e
não voltou, como não voltou o que se chama, carinhosamente, na Prefeitura, de
“filhote” da SMAM, porque não tinha licença de instalação, não tem, segundo o
sistema computacional da Prefeitura, o projeto aprovado pela SMOV. Portanto,
são duas irregularidades! Não uma só, duas irregularidades! Quer dizer, a
Prefeitura não obedece à Lei! Isso é uma coisa muito grave, Ver. Bernardino.
Então gostaria que V. Exª, se tiver alguma informação, nos comunicasse, porque
esta é uma situação complicada, é muito grave isso. Quando se quer aprovação do
prédio, isso é feito.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Barbosa, sinceramente
eu não sei lhe dizer, mas deduzo que o que está ocorrendo aqui parte do mesmo
princípio do que o que está ocorrendo no Estado e em nível nacional. Neste amontoado
de Partidos em que nós estamos vivendo no Brasil hoje, cada vez que alguém se
elege precisa buscar fazer composições com Partidos diversos, e certamente é
essa situação que vem causando isso. E isso acontece aqui no Município,
acontece no Estado e está acontecendo no Brasil.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Eu
confesso que não gosto de alianças assim tão largas, mas, se houver uma
coordenação e não houver interesses outros, esse tipo de problema não acontece.
Eu
já tinha conversado nos bastidores, tinha levantado isso ao Ver. João Antonio
Dib, que é engenheiro como eu, que foi Secretário de Obras como eu, além de ter
sido Prefeito, no sentido de que eu não tinha informação de que a SMIC tivesse
uma equipe de profissionais de engenharia, engenheiro ou arquiteto, no caso,
que pudesse fiscalizar essa obra, que é uma obra grande! Ela não é muito
complexa, mas é uma obra grande num espaço complicado, fechado, e o
deslocamento dos ônibus complicou o Centro, a gente sabe disso.
Eu
vou fazer o Pedido de Informações para saber quem da SMIC fiscaliza a obra,
porque mesmo que seja uma obra bancada pela iniciativa privada, por um processo
de parceria, como é uma obra na relação com a Prefeitura e num espaço público,
é claro que tem que ter a fiscalização da SMIC. Ou se não tiver da SMIC, porque
não há equipe - reafirmo - para isso, que façam um trabalho junto com a SMOV.
Mas, de novo, não há articulação entre as Secretarias da Prefeitura. Então, é
essa uma situação caótica, complicada; atravessa-se a Lei e não se tem sequer o
cuidado com a obra. Rigorosamente não há o cuidado com a obra! Eu vi na foto -
e a gente vai no detalhe - quando o Prefeito foi acompanhar a obra, um dia
antes - e o ridículo foi isto: o Prefeito foi num dia, e a SMAM embargou a obra
no outro dia! -, não havia um engenheiro da Prefeitura ao lado do Prefeito.
Quem estava dando explicação era o engenheiro da empresa, parece-me, inclusive,
que ele era o dono da empresa, que eu não sei se é engenheiro.
É
uma obra de engenharia num espaço público! Tem que ter fiscalização da
Prefeitura, da sua área de engenharia e arquitetura! Então, fica registrado
esse fato, e eu gostaria de ter explicação. E, por favor, os Vereadores colegas
da base do Governo verifiquem isso, porque não é um capricho. Com relação a isso
que eu falei com o Ver. João Dib, não fiz nenhum escarcéu, e podia ter feito;
não é bem o meu estilo. Mas, quando vem à tona uma situação em que não há
sequer as licenças necessárias, eu quero acrescentar este dado: quem está
fiscalizando pela Prefeitura a obra no espaço público?! Quem está?
Quero trocar de tema e continuar na análise do
documento encaminhado há pouco - foi encaminhado em outubro, quando normalmente
se encaminhava em março -, o Relatório de Atividades da Prefeitura de 2006.
Descobrimos, Ver. Dib, que no período de 2005 e 2006, nos dois primeiros anos
do Prefeito Fogaça, diminuiu o número de funcionários efetivos - não foi grande
o número, mas diminuiu. Enquanto o trabalho aumenta, diminuíram os funcionários
em 294, mas o número de CCs, que eram, na Administração Centralizada, 267,
passou para 422! Olhem que interessante! Aquele Prefeito, aquele candidato que
disse que ia diminuir o número de CCs aumentou em 155 os Cargos em Comissão na
Prefeitura! São 155 a mais! E além disso, como se não bastasse, deu um salto
fantástico o número de estagiários: em 2004, o número de estagiários era de
1.070, pulando para 1.744, ou seja, são 674 estagiários a mais na Prefeitura de
Porto Alegre em dois anos! Por um lado, diminuem os cargos estáveis, concursados,
e aumentam significativamente o número de Cargos em Comissão, e mais ainda o
número de estagiários. Portanto, substituem aqueles concursados por Cargos em
Comissão ou estagiários!
Desculpe, Ver. Ismael, não poderei lhe conceder
aparte, pois terminou meu tempo, mas V. Exª sabe que gosto do debate, do
aparte. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): Passamos às
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver. Alceu
Brasinha, Srs. Vereadores, o debate que se faz na Casa acerca da problemática
local, é inquestionavelmente importante, na medida em que se enfocam questões,
problemas da competência do Município.
Tenho para mim, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras, que a Câmara Municipal, na sua competência de
prerrogativa institucional, é um órgão de representação da população, mas que
tem uma função auxiliar ao Executivo, uma função coadjuvante ao Executivo e ela
não está, vejam V. Exas, constrangida a ser oposição pelos seus
diferentes matizes de representação parlamentar. Eu lembro - e já estou na Casa
há sete mandatos - o que significa dizer que tive um grande período
representando a oposição aos Governos, mas sempre tive como mandamento, como
norma, como norte, a ação no sentido de colaborar com o Executivo naquilo que,
evidentemente, diz respeito com o interesse da Cidade. Se nós fizermos uma
rápida análise, vamos ver que das decisões ou da falta de decisões do
Executivo, evidentemente quem paga, quem sofre é a população. Por isso, muitas
vezes, vejo aqui desproporcional, e não é crítica, porque a oposição faz
oposição, mas determinadas
críticas e euforias desproporcionadas de parte da oposição, em especial de
parte do PT.
Vejam
especificamente o que aconteceu com o nosso camelódromo. A idéia do
camelódromo, é bom que se diga, e nós estamos na origem das primeiras
providências que foram adotadas, lembro, quando Presidente da Casa, que
constituímos aqui uma Comissão para irmos a Belo Horizonte, e a ela
integraram-se os Vereadores Luiz Braz e Adeli Sell, que juntamente com o
Secretário da SMIC, Idenir Cecchin, foram a Belo Horizonte inspecionar, ver in
loco, a experiência de Belo Horizonte. Retornaram, tanto a representação do
Executivo, na pessoa do Secretário Cecchin, quanto a da Câmara, dos Vereadores
Luiz Braz e Adeli Sell, trazendo a esta Casa exatamente a opinião favorável à
construção de um camelódromo. Bem, nos detalhes há uma discussão, mas o foco
principal, tanto do Executivo quanto do Legislativo, na época, é de que se
fazia imprescindível, importante, construir-se um local, um espaço, para
abrigar os camelôs em Porto Alegre, dada, vamos dizer assim, a total
desorganização da atividade formal no Centro da Cidade. Agora, com esse pequeno
detalhe - devo dizer que é um pequeno detalhe - que é a questão da aprovação do
ponto de vista ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, parece-me
uma questão meramente secundária; não é uma questão de fundo. A questão de
fundo e de importância é a construção do camelódromo. Nós temos que torcer
exatamente para que esse camelódromo, que é dinheiro da iniciativa privada, é
bem verdade, mas é uma concessão pública, dê certo. A nossa visão, que
contribuímos, inclusive, no encaminhamento dessas questões, é no sentido de que
se resolvam esses problemas que envolvem os camelôs em nossa Cidade, que também
precisam trabalhar. Obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da
Verª Maristela Maffei.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Brasinha; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, nós,
efetivamente, somos obrigados aqui a fazer uma crônica de uma cidade
abandonada. Os moradores e as pessoas desta Cidade reclamam de espaços
abandonados, e ninguém responde por eles. (Mostra fotografias.) Isso aqui são
três taperas, na Av. Otto Niemeyer, num beco de servidão, e tudo ali está
abandonado. Vários pedidos já foram feitos, eu já tive que falar, também, com a
Brigada Militar, porque, à noite, ali é um esconderijo de meliantes, de
drogaditos, e o cheiro, neste local, é insuportável. Mas imaginem: se esta
Prefeitura não cuidou do Posto de Saúde da Castelo, que era uma tapera, tudo
foi levado e agora tiveram que reformar, gastando os nossos parcos recursos,
quanto eu não terei que fazer de cobrança e de barulho para que verifiquem essa
taperinha ali na Zona Sul, na Otto Niemeyer? Mas eu quero dizer que farei tanto
barulho quanto necessário para resolver essa questão, porque o povo de Porto
Alegre paga impostos para ser, efetivamente, atendido pela municipalidade.
A
Cidade está abandonada! Dias atrás, um próprio servidor da FASC me dizia que a
FASC não pode tudo sozinha, que, em alguns momentos, precisa da ajuda da
Secretaria Municipal da Saúde. E aqui foi feito muito barulho em torno da
Saúde, dizendo que tudo iria ser resolvido nesta Cidade. Mas qual é a situação
dos drogados da Cidade, das pessoas com sofrimento psíquico, que estão jogadas
pelos cantos, debaixo de marquises, em situações lastimáveis? Que tal o
Prefeito subir a Ladeira, já que ele precisa visitar a Governadora ou deveria
visitar a Governadora para solicitar o pagamento de mais de 30 milhões de reais
que o Governo do Estado deve para a Prefeitura? Ele passaria, por exemplo, pelo
Palácio da Justiça, Ver. Dib, onde temos moradores de rua ali jogados, em
bebedeira permanente e fazendo uma gritaria à noite que ninguém consegue dormir
no entorno do Teatro São Pedro.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, mais
importante do que os 30 milhões de reais devidos pelo Olívio Dutra e Germano
Rigotto...
O
SR. ADELI SELL: E Yeda
Crusius...
O
Sr. João Antonio Dib:
... e já decidido na Justiça que eles deveriam pagar, seria o Presidente Lula
ter reajustado, e não diminuído, os recursos para o SUS em Porto Alegre!
O
SR. ADELI SELL: Isso não
confere, Ver. João Dib, o senhor vai me desculpar, mas dessa vez eu vou ter que
ser contundente com V. Exª, porque Porto Alegre tem recebido mais dinheiro.
Antes, o dinheiro que vinha para os hospitais, vinha todo na conta da
Prefeitura; agora, são contas separadas e só tem aumentado. Os hospitais que
fizeram as suas plantas receberam dinheiro do QualiSUS: a entrada do nosso
Hospital Fêmina está uma “verdadeira brastemp” e a mesma coisa está o GHC. Já o
Pronto Socorro não está, porque não foi o projeto para o Governo Federal.
E
quero dizer mais, o Governo do Estado, que não tem dinheiro para pagar funcionários,
gasta num fôlder maravilhoso, colorido, uma fortuna, está no jornal Zero
Hora, na coluna Página 10 de Rosane de Oliveira. E mais: e essa propaganda da
Corsan? E esse escândalo de que não tem dinheiro para contratar aqueles
servidores que passaram no concurso? O pessoal da Segurança Pública estava aqui
há poucos minutos! Mas fazem uma caríssima publicidade da Corsan, fazendo
demagogia com chapéu alheio. Todo dinheiro é do Governo Federal; a Corsan está
numa situação difícil, simplesmente fará a obra com o dinheiro que o Lula, que
o senhor disse que não mandou, mas mandou, porque a Corsan é saneamento, e
saneamento é Saúde pública também. Ver. Dib, me desculpe, mas fazer essa
publicidade é um escárnio com o povo do Rio
Grande do Sul, porque nós deveríamos estar fazendo campanhas para não
gastar água, para não jogar lixo e detritos na rua. É um escândalo! O Governo
do Estado não tem como pagar os funcionários e gasta em publicidade, e aqui a
gente só ouve cobrança do Governo Federal, como se o Lula tivesse que pagar
agora também o salário dos funcionários públicos do Rio Grande do Sul. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver.
Alceu Brasinha, presidindo os trabalhos neste momento; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu estou cansado dessa história dos 30 milhões de
reais que o Estado deve ao Município em razão da Saúde. Vou dizer de novo, e
pela última vez: os 30 milhões de reais são devidos do Governo Olívio Dutra e
do Governo Germano Rigotto, e foi decidido na Justiça que ambos deveriam pagar.
Não pagaram, e a Governadora não tem - e eu não estou dizendo que ela deva
ter...
O
Presidente Lula assumiu no ano de 2003, e a Prefeitura, no ano de 2002, recebeu
para a Saúde 307 milhões de reais; em 2004, recebeu 256 milhões de reais; e, em
2005, recebeu menos que 307 milhões, de reais, assim como em 2006. E agora, em
2007, vai receber 327 milhões de reais. Mas esses 327 milhões de reais, se
fossem corrigidos pelo IPCA ou IPG-M, chegariam quase a 500 milhões de reais.
Então,
o Presidente Lula deixou de mandar dinheiro para Porto Alegre para atender a
Saúde, e, quando o Dr. Pedro Gus assumiu a Secretaria da Saúde, o caos era generalizado
na Cidade. Foram feitas grandes blitze para atendimento de cirurgias -
milhares foram feitas - que estavam represadas, por um, dois, três anos; foram
feitas por esforço dos médicos, não pelo trabalho do Dr. Lula, de forma
nenhuma! Os médicos de Porto Alegre decidiram ajudar a resolver um problema
para o qual eles não são pagos. É uma ninharia o que os médicos recebem do SUS.
E
mais uma coisa: criminosamente, alguns dias antes de sair da Prefeitura, o PT
fez um acerto com o Grupo Hospitalar Conceição, e essa parcela que vem para o
atendimento pleno do SUS, de 33 milhões de reais, 34 milhões de reais, é
dividida entre a Prefeitura, o Hospital Conceição e o Hospital de Clínicas. A
Prefeitura não recebe 50% dessa parcela, que é maior.
Portanto,
a falta de atendimento na Saúde deve-se única e exclusivamente à falta de
recursos que deveriam vir de parte do Governo da União - é o que está escrito
na Constituição. E a Prefeitura está aplicando, sim, a sua parte no atendimento
da Saúde. O Pronto Socorro funciona bem, muito bem, mas o SUS não recebe
recursos para atendimento pleno da Saúde. Portanto, não adianta ir ali criticar o Prefeito
Fogaça, que ele não tem culpa! Parece que, ontem, funcionava tudo bem. Não,
ontem, funcionava pior! Hoje, fizeram mutirões da Saúde e resolveram muita
coisa que estava represada! Mas, e agora? Se não vêm recursos, como é que nós
vamos continuar fazendo mutirões e mais mutirões, sem que haja amparo do
Governo da União? O Governo da União, que quer a CPMF; agora, quer permanente,
quer fazer Reforma Tributária, incluindo a CPMF como uma contribuição
permanente - e contribuição para que não participem os Municípios da
contribuição, porque não é imposto. Ele quer assim. E também não aceita fazer a
regulamentação da Emenda nº 29 da Constituição, porque, aí, a União deveria
participar com 10% do seu Orçamento para a Saúde dos brasileiros, e eles não
querem fazer isso.
Então, não venham aqui falar, todos os dias, dos 30
milhões de reais que Olívio Dutra e Germano Rigotto devem à Prefeitura de Porto
Alegre! Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Ervino Besson
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nereu
D’Avila.
O SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, querido Ver. Alceu Brasinha; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16
da TVCâmara, eu queria saudar todos. Quero agradecer ao Líder da minha Bancada,
Ver. Nereu D’Avila, que me cedeu o seu tempo no período de Comunicações para
que eu falasse em seu lugar.
Meus caros colegas Vereadores, ontem foi o fim da
Festa do Pêssego deste ano, na Vila Nova. Mas temos muito pêssego ainda para
vender para o nosso povo da cidade de Porto Alegre. Apesar de um fim de semana muito
chuvoso, domingo retrasado, a festa foi um sucesso total. Para que V. Exas
e as pessoas que nos assistem pelo Canal 16 tenham uma idéia, aproximadamente
60 mil pessoas se fizeram presentes na Festa do Pêssego na Vila Nova, e foram
vendidas, aproximadamente, 120 toneladas de pêssegos, Ver. João Antonio Dib.
Vejam V. Exas. que no ano passado foram vendidas 100 toneladas de pêssegos;
este ano teve um aumento de 20%. Eu faço este registro, aqui, com muita
alegria, porque estivemos lá, ontem, e eu sei que a maioria dos Vereadores
esteve lá - não digo ontem, mas no período da Festa do Pêssego. É importante
isto, inclusive a Presidenta desta Casa, a Verª Maria Celeste, estava lá no Dia
da Colheita e no dia da abertura da Festa do Pêssego. Eu acho importante os
Vereadores estarem junto com os nossos produtores, mas o que nos alegra é o
sucesso da festa. Agora, na situação em que o País vive hoje, meu caro Ver.
Bernardino Vendruscolo, um aumento das vendas de 20% de um ano para outro é um
sucesso total! Uma produção de qualidade excelente! E, como já disse: apesar de
o tempo não ter ajudado muito, porque, se nós tivéssemos todos os finais de
semana, que foram dois finais de semana, com um tempo como no encerramento de
ontem, tenho que certeza de que se chegaria na casa das 130 toneladas de
pêssegos.
Portanto,
nós queremos reconhecer o trabalho da Prefeitura, de estar junto com os
produtores, e o trabalho do nosso Prefeito José Fogaça, doando as mudas,
incentivando os nossos produtores, e, como já disse no outro pronunciamento, em
contrapartida, recebendo um quilo de frutas de cada muda doada. E no dia da
abertura, o Luciano Bertaco, que é o Vice-Presidente da Associação dos
Produtores, doou uma tonelada de frutas, das mudas que ele ganhou da
Prefeitura. Hoje, em contrapartida, está doando essas frutas para as creches da
nossa Porto Alegre. Um trabalho excelente da SMIC, do Secretário Idenir
Cecchim. Um belo trabalho que foi acompanhado pelo Sr. Cleber Vieira,
Presidente do Sindicato, juntamente com a sua Diretoria, com o seu
Vice-Presidente, Luciano Bertaco. Antonio Bertaco foi também um dos que
ajudaram a organizar a festa. Então, foi um trabalho integrado de equipe. Isto
é que é importante. Juntamente com a comunidade, com a Associação de Moradores
da Vila Nova, a vitória foi da cidade de Porto Alegre. Digo isto porque houve
um trabalho integrado; houve ajuda de todos. Não se viu nenhuma disputa
político-partidária. Em eventos como esse e em outros eventos, a disputa
político-partidária tem que ficar à parte. O pessoal tem que estar junto,
articulando de forma integrada para que ocorram eventos tão bons quanto esse da
Festa do Pêssego. A disputa é da comunidade, é dos produtores.
Portanto,
como morador da Vila Nova, como outros Vereadores que também conhecem diversos
produtores, quero reconhecer e agradecer publicamente. Agradeço de público,
pela segunda vez, por essa integração e por esse trabalho que foi uma vitória
para Porto Alegre!
Recebi a notícia há pouco, meus caros amigos
da imprensa. Também quero reconhecer o trabalho da imprensa, a divulgação da
imprensa. Olha, nota dez para vocês! Nota dez para a nossa imprensa! Porque a
alma do negócio é a publicidade, e esta foi excelente! Portanto vamos agradecer
e dividir esta vitória com a nossa querida imprensa que divulgou amplamente a
Festa do Pêssego. Uma vitória para a Cidade, uma vitória para os nossos
produtores, e quem ganha com isso, sem dúvida nenhuma, é a nossa Porto Alegre.
Muito obrigado, meu caro Presidente, Ver. Brasinha, que também se fez presente
lá e preside a Sessão neste momento.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Sr.
Presidente, Ver. Alceu Brasinha; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores;
público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara. Quero fazer, agora, neste final
de novembro, um pequeno balanço da Governança Fogaça, nesses 11 meses já
transcorridos. Quero chamar a atenção da população de Porto Alegre e de todas
as pessoas que nos escutam sobre a trajetória deste Governo no ano de 2007. Se
o balanço dos três anos já não era bom, se nós pegarmos só o ano de 2007, ele é
incrível, pela quantidade de crises que se produziram neste Governo na cidade
de Porto Alegre.
Começo
lembrando que, lá em março, nós tivemos a crise do Plano Diretor. A Prefeitura
de Porto Alegre não tinha um Projeto de revisão do Plano Diretor, depois
apresentou um Projeto pela metade, fez uma Audiência Pública que não estava
prevista na Lei, porque era uma conferência municipal, e ficou todo o processo
sob suspeita no Ministério Público, por muito tempo, e teve que haver um Termo
de Ajustamento de Conduta para que o Plano Diretor pudesse andar. Vivemos essa
crise no início do ano.
Logo após, a cidade de Porto
Alegre teve a notícia de que o Auditório Araújo Vianna havia sido vendido,
semiprivatizado, uma privatização branca: ele foi entregue para a iniciativa
privada por dez anos, prazo que poderia ser renovado em 75% do tempo, e assim
por diante, com 18 meses para fazer a obra. E quando acabarem os dez anos,
podem sair com todas as benfeitorias que tenham realizado no Auditório Araújo
Vianna. Esse é o contrato draconiano que foi feito sobre aquele equipamento
público de Porto Alegre!
Logo
depois, uma greve dos servidores, que durou 22 dias, por intransigência do
Governo, incapaz de sentar e negociar com os servidores públicos.
Depois
disso, a crise da Saúde Pública em Porto Alegre, com o fechamento do Postão da
Vila Cruzeiro, com o fechamento de PSFs e com a queda do Secretário Municipal
da Saúde, inclusive com as contas rejeitadas pelo Conselho Municipal da Saúde
por não prestar adequadamente o serviço e não garantir investimentos em Saúde.
Depois,
a crise política, o Prefeito resolve fazer parte do troca-troca de partidos,
segundo suas conveniências eleitorais: diz que não vai sair do PPS, e, como
sempre, não cumpre a sua palavra, vai para o PMDB e, quem sabe, quer, na
verdade, ser candidato a Senador daqui a dois anos. Participa do troca-troca e
é ameaçado de perda de mandato o Prefeito da Capital do Rio Grande do Sul pelo
Tribunal Superior Eleitoral!
Depois,
vem a venda do camelódromo, a venda da Folha dos servidores públicos, a venda
dos “Portais da Cidade”. O que este Governo sabe fazer bem é vender! Sempre a
opção do Governo Fogaça é vender tudo o que é patrimônio público, é entregar
para a iniciativa privada; ele nada faz por iniciativa própria e nada propõe de
alternativa para a Cidade nos seus espaços. Depois do fiasco do camelódromo,
este foi interditado pela própria Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura. Um
fiasco! Incapacidade de gestão, de projeto, de programar, de planejar, sequer
têm um cuidado com a Cidade.
Depois, a crise na Secretaria da Juventude:
suspeitas de irregularidades graves na Secretaria de Juventude, envolvendo o
ProJovem, desvios de recursos, tudo sendo investigado pela Polícia Federal e o
Ministério Público, e cai o Secretário Mauro Zacher da Secretaria da Juventude.
E agora, no balanço do Orçamento do que foi
investido, Ver. Guilherme Barbosa, a surpresa: em 2004, Ver. Dib, existiam 267
CCs na Prefeitura de Porto Alegre. Hoje são 422. Em 2004, 1.070 estagiários;
hoje são 1.744 estagiários. Ao mesmo tempo, caiu o número de servidores
contratados por concurso. É um mar de CCs, é um mar de estagiários e é redução
de servidores públicos. Entre os CCs, Ver. Todeschini, está o Sr. Luiz Paulo
Germano, que é CC, Cargo de Confiança do Governo Fogaça na Secretaria de
Segurança; esse senhor, irmão de José Otávio Germano - Dep. José Otávio Germano
-, que tem regime de dedicação exclusiva renovado em janeiro deste ano, é um
dos sócios de Carlos Rosa Advogados Associados - que é uma empresa investigada
no escândalo do Detran. Ele era sócio dessa empresa e prestava serviços, quando
tinha Regime de Dedicação Exclusiva na Prefeitura. É esse o tipo de CC, pelo
jeito, que está aí para prestar o serviço de má qualidade que a Prefeitura tem.
Espero que o Prefeito Fogaça explique como é que alguém com Regime de Dedicação
Exclusiva e envolvido no escândalo do Detran é CC da Prefeitura, o Sr. Luiz
Paulo Germano, que é irmão do José Otávio Germano. No mínimo, tem que devolver
o dinheiro, pois estava prestando serviço a uma empresa terceirizada no escândalo
do Detran, que envolve inclusive a Secretaria da Juventude. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Brasinha,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje de manhã, estive no DMLU -
assunto sobre o qual a Bancada do PT estava sistematicamente batendo aqui nesta
Casa, e, de uma hora para outra, parou. Quando pára, Ver. Mario, é porque
alguma coisa está ocorrendo.
Na realidade, o que eu venho colocar hoje é um
pouco daquilo que o Diretor do DMLU, o Moncks, tem feito pela Cidade, junto ao
recolhimento do lixo, desde a questão que foi tão confusa sobre o processo
licitatório do DMLU, do que muitos queriam CPI, mas, na realidade, o que nós
temos visto na cidade de Porto Alegre? Agora, que todas as barreiras foram
vencidas com processo de licitação, eu quero registrar que, em média, antes era
uma base de cem reclamações diárias, quando houve aquele conflito do
recolhimento de lixo; hoje, essa média é de oito reclamações. E o próprio
Moncks diz que está trabalhando para que isso não ocorra, ou uma ou outra,
porque oito reclamações ele ainda acha que é algo a ser considerado, e muito.
Também é importante e necessário, por sua vez,
mostrar que a população tem que ter uma maior conscientização. O que acontece
em Porto Alegre, hoje? Seguidamente, podem-se encontrar em alguns locais:
fogões, cama, beliche, refrigerador, pneus, cachorros mortos atirados em
valões, etc. Queremos dizer que, na semana passada, só na Zona Norte, numa ação
do DMLU, foram retiradas 40 toneladas de lixo, e, em alguns focos, lixões de
céu aberto. É importante salientar que o DMLU mapeou 420 focos de lixões em
Porto Alegre; ou seja, são locais onde se criou uma cultura na população de que
o Município vai lá, retira, e, daqui a dois ou três dias, novamente está
colocando lixo nesse local.
O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Garcia. No sábado, o
caminhão do DMLU, na minha Rua, a Landell de Moura, entrou de ré, e é o
caminhão da antiga PRT, não tem os equipamentos que estavam no Edital - o GPS,
por exemplo. Diz que, daqui a cinco meses
terão - essa é a fala hoje do Diretor. Mas estava no Edital que os caminhões
tinham quer ser novos e com GPS. Os caminhões da PRT são antigos; e um entrou
de ré, na contramão, na minha rua.
Esses
são os dados dos anos de 2005 e de 2006, comparando com os dois anos da
Administração Popular: diminuiu 23 mil toneladas a coleta do DMLU. Eu tenho
esperança de que até o final da Administração Fogaça se alcance uma situação
boa como era antes. Muito obrigado.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Vereador, V. Exª pode ter a certeza de que não só como era antes, hoje o
recolhimento de lixo já suplantou, é verdade, Vereador; esse é o desafio!
E
eu gostaria, então, de dizer mais algumas coisas, eu estava colocando a questão
dos 420 focos. O recolhimento domiciliar melhorou, o recolhimento de lixo
público melhorou, e com relação às coletas especiais o serviço também melhorou.
E eu quero aqui colocar: com a nova empresa contratada, vieram 43 caminhões
compactadores e sete caminhões de pequeno porte. Para que esses caminhões de
pequeno porte? Para que possam entrar em vielas, ruelas, lugares em que o
caminhão grande não consegue entrar; esses caminhões de pequeno porte
conseguem. E um detalhe, daqui a, no máximo - e me cobrem isso! -, 120 dias,
todos os caminhões serão novos, inclusive com GPS, para que se possa ter o
controle de onde está sendo feito o recolhimento.
Também
é importante ressaltar que foram adquiridas oito mil lixeiras novas em Porto
Alegre, serão incluídas 800 novas lixeiras por mês, a partir do dia 15 de
dezembro. E essas lixeiras, que serão chumbadas no chão, são de aço
galvanizados com antifurto, antipichação e antichama - para evitar a
depredação. Serão oito mil novas lixeiras.
Queremos
parabenizar o Prefeito Fogaça por essa ação, juntamente com o Diretor do DMLU,
pois isso mostra a preocupação que o gestor tem com a coisa pública; e também
dando um retorno para a população.
Por
que faço este registro? Porque normalmente não se elogia, só se dá paulada e se
reclama. Então, quando tudo está bem, quando melhorou, nós temos, sim, a
obrigação de dar esse retorno. Muito obrigado, Ver. Brasinha.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O
Ver. Newton Braga Rosa, por transposição de tempo com o Ver. Nereu D’Avila, que
cedeu seu tempo para o Ver. Ervino Besson, está com a palavra em Comunicações.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Meu
caro Sr. Presidente, colega Ver. Alceu Brasinha, eu gostaria de falar a
respeito de um assunto que é de conhecimento de V. Exª, que é empresário bem
sucedido e sabe o quanto se paga de impostos para fazer funcionar um pequeno
negócio no nosso País.
Os
jornais de hoje noticiam a arrecadação recorde do Governo Federal, lembrando
que o Governo Federal, através dos anos, em uma série de medidas, concentrou
grande parte dos tributos que, de outra forma, estariam indo para Estados e
Municípios. O fato de o Governo estar arrecadando mais é bom, mas o grande
problema que existe no Brasil, Ver. Dib, é que 53% da população economicamente
ativa ainda está na informalidade. Se hoje nós temos um determinado nível de
arrecadação tributária no País, imagina qual seria o nível se a base de
tributação fosse maior, se todos pagassem impostos. A situação é tal que o
empresário formalizado é muito controlado - nada contra o controle -, mas o que
não se pode admitir é a concorrência desleal feita pelo negócio informal. No
sentido de eliminar essa distorção gravíssima que existe no Brasil, o Governo
Federal, em boa hora, Ver. Ismael, aprovou, no final do ano passado, e fez
viger, a partir de 1º de julho deste ano, a Lei do Supersimples, que tem um
grande mérito: diminuir tributos. E um segundo mérito que, talvez, seja muito
mais importante para negócios pequenos, como o do Ver. Brasinha - o seu negócio
é importante, Ver. Brasinha, mas em termos globais, é um pequeno negócio -, que
é a burocracia. Você recolhe por volta de 15 tributos diferentes; o
Supersimples permite agregar, em um único imposto, seis tributos federais; e
para aqueles Estados e Municípios onde houver convênio e leis adequadas, também
o ICMS e o ISS.
O
que nós observamos aqui no nosso Estado e na nossa Capital? O Governo Estadual,
Ver. Ismael, até agora, não conseguiu aprovar nenhum dos dois Projetos
relacionados à adequação do ICMS à Lei do Supersimples, e nós já estamos no dia
26 de novembro! Será que o Governo Estadual vai conseguir fazer, em 30 dias, um
tema de casa que não fez em vários meses?
E
o Governo Municipal? O Governo Municipal tem um Projeto do Executivo que foi
apresentado, competentemente, na semana passada, pela Secretaria da Fazenda,
tivemos, aqui, a presença do Cristiano Tatsch, em comparecimento, que fez uma
bela explanação; o Governo Municipal está fazendo a sua parte.
Agora,
neste Projeto, Ver. Ismael, vou ler a justificativa na forma apresentada pelo
próprio Executivo (Lê.): “Para compensar a exclusão dos prestadores dos
serviços enquadrados nos subitens” - e aqui vou omitir o número dos subitens,
porque não faz muito sentido, mas se tratam das empresas que prestam
consultoria e fazem projeto de engenharia - uma atividade, eminentemente,
intelectual. Então, “para compensar a exclusão desses prestadores de serviços,
na redução da base de cálculo foi combinado com os representantes desse setor
econômico” - palavras do Executivo – “haveria uma redução da alíquota,
atualmente de 4,0%, para 2,0%”. Até aí tudo bem.
Só
tem um detalhe, a redução da alíquota, Ver. Bernardino, de 4,0% para 2,0% só
será até 31 de dezembro de 2008. Ou seja, estamos aprovando uma lei,
provavelmente na quinta-feira, neste Plenário, que começa a viger no dia 1º de
dezembro e termina dia 31 de dezembro. O prazo ficou muito curto.
Segundo,
aquela redução da base de cálculo, que é um direito já assegurado, está
eliminada para sempre.
Ou
seja, no primeiro dia de janeiro de 2009, essas empresas que são de grande
importância, são empresas que têm altos salários médios, são a locomotiva das
empresas de engenharia, essas empresas estarão pagando alíquota de 4,0%, porque
a redução acaba sobre 100% da base.
Vereador
Ismael, por gentileza, acho que já esgotamos o tempo, mas seu aparte sempre é
bem-vindo.
O
Sr. José Ismael Heinen:
Tenho certeza de que o Presidente nos facultará. São duas coisas, já tomamos a
plenária para denunciarmos. Lá no Interior, lá nos revendedores, esse
Supersimples está levando muita gente para a informalidade; da maneira como ele
está, triplicou o imposto para aqueles necessitados do Interior do Estado do
Rio Grande do Sul.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA: Bem
colocado, Vereador.
O
Sr. José Ismael Heinen:
Mas lendo o jornal de hoje, só para vermos a maneira que está, veja V. Exª, o
imposto que o brasileiro paga, na média, é de um salário mínimo/mês. Todos, do
mais rico ao mais pobre, a média é de um salário mínimo de imposto por mês,
quatro mil e duzentos reais por ano. Obrigado.
O
SR. NEWTON BRAGA ROSA:
Agradeço o seu aparte.
Gostaria
de encerrar, Ver. Brasinha, por gentileza, agradeço já pela sua compreensão e
boa-vontade, que esta Casa estará votando esta semana um Projeto do Executivo,
mas esta distorção tem de ser corrigida. Já falei com alguns Vereadores a
respeito de nós transformamos este prazo em prazo indeterminado; simplesmente
suprimir o prazo do artigo. Desta forma, aí, sim, nós estaremos incentivando
que aqueles profissionais que trabalham neste setor e que trabalham com RPA e
de outras formas ou estão em Municípios vizinhos, efetivamente façam um
trabalho de melhor qualidade e tributado na Região de Porto Alegre. Assim como
aconteceu com a Informática, em que nós reduzimos alíquota e aumentou-se a
arrecadação, acredito que este setor de Engenharia tenha os mesmos predicados.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O
Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NILO SANTOS: Exmo
Sr. Vereador que preside a Sessão neste momento, Ver. Brasinha; Senhores
Vereadores, Senhoras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nesta
tarde aqui nas galerias, e pelo Canal 16. Nesta tarde, gostaria de abordar,
novamente, um tema que trata das crianças e adolescentes que vivem nas ruas de
Porto Alegre. Estamos tendo uma dificuldade enorme em tratar deste assunto, e eu
gostaria de aproveitar a oportunidade para abordar mais um pouco, até vendo a
preocupação do Ver. Adeli Sell, quando fala sobre moradores de rua. Na
realidade, senhores e senhoras, este é um problema que se iniciou há alguns
anos e, como todos os senhores sabem, é um processo que vêm avançando sem pedir
licença, sem avisar; é um processo que vêm avançando rapidamente, há um
crescimento do número de moradores de rua em Porto Alegre. Eu, neste final de
semana, cheguei a fazer dois registros junto a Brigada Militar, solicitando
ajuda para que viessem abordar três homens que estavam nas esquinas - um na Rua
Icaraí, esquina com a Av. Campos Velho, e dois na 3ª Perimetral esquina com a
Av. Bento Gonçalves, onde fui ameaçado por um desses falsos moradores de rua, um
marginal, que estava pedindo dinheiro na sinaleira.
Quero bater nessa tecla, porque, quando assumi a
FASC, fiz uma parceria com a Polícia Civil, com a Brigada Militar, no que fui
mal-interpretado, inclusive por alguns Vereadores desta Casa, que fizeram
oposição a um projeto que seria o melhor projeto para este Governo.
A Brigada Militar deu uma resposta imediata: foi lá
e retirou esse cidadão. Depois denunciei dois homens, dois falsos mendigos,
dois marginais que, na esquina da Av. Bento Gonçalves com a 3ª Perimetral,
ameaçaram uma senhora que estava no carro de trás. Pediram-lhe dinheiro, e ela
disse que não queria dar; foram limpando o vidro do seu carro, na marra, à
força. Comecei a buzinar para sinalizar para um Posto da Brigada Militar, que
não me viu por causa do trânsito. O sinal abriu, mas fiquei parado esperando
essa senhora passar; fiz sinal para ela passar, para poder dar um pouco de
segurança para ela; ela passou nervosa, saiu apavorada. Isso não é problema de
assistência social, isso é caso de polícia, senhoras e senhores!
Estamos tratando a Assistência social nesta Capital
como se fosse somente falta de dinheiro, e os marginais estão se aproveitando
disso! Já falei aqui, quero repetir novamente: esta Casa, Srs. Vereadores,
precisa manifestar-se; não apenas fazer oposição para tentar desestabilizar o
Prefeito que aí está. Precisamos sentar com a FASC, precisamos sentar com a
Brigada Militar, precisamos que o Ministério Público faça o que o Ministério
Público de Uberlândia fez: sentou com a Prefeitura e resolveu combater o crime
de mendicância. A Lei das Contravenções Penais, no seu art. 60, diz que para
mendigar por ociosidade ou cupidez a pena é prisão simples de 15 dias a três
meses. É crime o que estão fazendo nesta Cidade, Ver. Ismael, é crime!
Nós, no entanto, estamos reclamando que há
moradores de rua. A polícia precisa fazer uma batida, quero saber quantos
necessitados realmente vão permanecer, quantos necessitam do atendimento da
Prefeitura. Precisamos, sim, fazer um arrastão nesta Cidade, um arrastão de
cidadania para varrer esses malandros que ficam nas sinaleiras, porque, senão,
senhoras e senhores, será muito fácil dizer que, durante o Governo do Prefeito
Fogaça, aumentou o número de moradores de rua. Está aumentando é o número de marginais
nas ruas, o número de bandidos nas ruas, o número de desocupados, de criminosos
nas ruas. Isso, sim, está aumentando. Não quer dizer que a FASC não continue
fazendo seus movimentos. Eu já falei: precisamos sentar com essas entidades. Há
entidades descentes em Porto Alegre, mas há muitos picaretas trabalhando no
meio da Assistência Social na Cidade. Precisamos sentar, nos organizar e chamar
entidade por entidade nesta Casa, porque nós precisamos fazer uma avaliação
profunda, porque tem muita gente recebendo dinheiro da Prefeitura, recebendo
dinheiro do Fundo, recebendo dinheiro do Exterior e, depois, justifica com
notas de 200 quilos de salame italiano, 200 quilos de queijo, dois mil
pãezinhos. Isso precisa ser analisado. Estou encaminhando um pedido à FASC,
para que nos mande a prestação de contas de algumas entidades, porque está na
hora de nós sentarmos com esse povo, separar os bons dos picaretas, para que a
Cidade melhore. Obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobre Ver. Alceu Brasinha; nobres colegas Vereadores e
Vereadoras, eu quero trazer diversos assuntos no tempo de Comunicação de Líder
de hoje, trazendo a notícia mais alvissareira para o Democratas do Estado do
Rio Grande do Sul, informando que, sexta-feira, em convenção, foi escolhida a
nova Diretoria Regional Estadual do Partido Democratas, tendo como Presidente o
nosso Líder Onyx Lorenzoni; o Vice-Presidente, Deputado Marquinho Lang. Fazemos
parte, também, como membros da Executiva Estadual, e assim por diante. Foi por
unanimidade, com o apoio de toda a Bancada Federal, Estadual e de todos que
estavam lá presentes. Então, o Partido está no caminho certo, apaziguado,
coeso, forte para enfrentarmos as eleições municipais.
Eu quero, e fiz questão de falar, agora, colega
Nilo Santos, para colaborar na colocação que V. Exª fez a respeito dos falsos
moradores de rua. Menino Deus é um bairro altamente residencial. Os nossos
idosos, as nossas idosas que vão ao supermercado, que saem com sacolas,
diariamente são assaltados no nosso Bairro. E nós, também, quando chegamos das
nossas atividades, temos que nos cuidar devido a esses, que estão proliferando,
que V. Exª, aqui, falou, falsos moradores de rua, com certeza drogados, que vêm
para cima das pessoas honestas,
achacando, e muitas pessoas sendo assaltadas.
Então,
Sr. Secretário de Segurança, ontem ouvi V. Exª dizer que teria que ter uma lei
para prender, algemar e jogar no fundo da cadeia os donos de bares e
restaurantes de Porto Alegre. Lei para prender traficante, lei para prender
drogado existe, e V. Exª não cumpre. Era esse o recado que eu também queria
deixar.
Mas
o que eu quero trazer é uma irregularidade que está acontecendo em Porto
Alegre, Ver. Haroldo de Souza - eu sei o carinho que tu tens para com os idosos
-, estou aqui com o nosso livrinho na mão. Cinema Guion, no Shopping Nova
Olaria, numa promoção, está descumprindo a Lei Federal. Se existe a Lei, como
tenho afirmado, a Lei tem que ser cumprida. A Lei é clara e diz que, no mínimo,
os idosos têm direito a 50% de desconto em cinemas, salas culturais, e seja lá
o que for. Esse cinema, nós fomos lá hoje, recebemos a denúncia e fomos
averiguar, e realmente ele está cobrando ingresso único, e disse que não vai
fazer a mínima para cumprir com a Lei Federal. Estamos encaminhando esta
questão à Delegacia dos Idosos.
Eu
quero trazer aqui, complementando também a intervenção que fizemos junto ao
Vereador do PP, o nobre colega Newton Rosa, a respeito dessa avalanche de
impostos que estão sendo cobrados de nós. Eu quero trazer só mais um dado: há
40, 50 anos, aliás, no tempo do Império, no tempo de colônia, era cobrado um altíssimo
imposto, que era o Quinto da derrama do ouro produzido no Brasil. Mais
recentemente, há uns 40, 50 anos, o imposto compartilhado da União era 90%, e o
que a União não distribuía, o que ela arrecadava no País todo era em torno de
10%. Hoje é 70% o imposto não-compartilhado da União. Isso que naquela época
era só 10% que não era compartilhado, e Castelo Branco vem em 1964 confirmar
isso, porque o Lula pode fazer a mesma coisa, não com Rio Grande do Sul, mas
com todos os Estados do Brasil. Sua Excelência veio, na época, e zerou os
impostos do Estado do Rio Grande do Sul. Os Estados e Municípios não arrecadam
a metade do que a União arrecada. Então, está na hora de nós termos um
verdadeiro país federativo, porque os Municípios e os Estados que fazem a política
estão sendo excluídos, estão sendo amordaçados pelo Poder Central, riquíssimo,
e que quer mais imposto, mais imposto e mais imposto. Em troca da CPMF, faz
qualquer negócio, compra qualquer Edil. Eu teimo em dizer que, naquele tempo,
pagávamos o Quinto do imposto; hoje estamos vivendo e pagando os quintos do
inferno de imposto todos os dias! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 8048/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 268/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ximango o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1042 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8311/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 280/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Acerola o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4006 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no bairro
Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8312/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 281/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Amora o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4007 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro
Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8000/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 250/07, de autoria do
Ver. Dr. Raul, que altera o “caput” e os §§ 1º, 2º e 3º e acrescenta § 4º no
art. 6º da Lei nº 7.579, de 3 de janeiro de 1995, dispondo acerca da incidência
das vantagens funcionais e dos reajustes sobre a Parcela Autônoma dos
servidores da Secretaria Municipal de Saúde, da incorporação dessa Parcela aos
vencimentos e proventos e de seu cômputo para efeitos de aposentadoria e de
apuração do 13º salário.
PROC.
Nº 8823/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 030/07, que altera o
“caput” do art. 2º da Lei nº 9.926, de 09 de janeiro de 2006, que autoriza a
alienação de próprios, mediante investidura, destinando recursos à implantação
de programas habitacionais e equipamentos de caráter social, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 5730/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 261/06, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que inclui § 3º no art. 71 da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro
de 1988, e alterações posteriores, que estabelece o Plano de Carreira dos
Funcionários da Administração Centralizada do Município, dispõe sobre o Plano
de Pagamento e dá outras providências, assegurando aos funcionários do Hospital
de Pronto-Socorro, depois de cumpridos 15 (quinze) anos de exercício
ininterrupto em regime de plantão, o direito de incorporar gratificação aos
seus proventos.
PROC.
Nº 9048/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 084/07, de autoria da Mesa Diretora, que
extingue os cargos em comissão de Auxiliar Parlamentar, de Assistente
Parlamentar, de Atendente de Gabinete Parlamentar A, de Atendente de Gabinete
Parlamentar B e de Oficial de Gabinete Parlamentar e cria os cargos em comissão
de Assessor do Gabinete da Presidência, de Assessor Comunitário I e II e de
Assessor Parlamentar de Gabinete I e II, todos do Quadro de Funções
Gratificadas, constante do art. 20 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e
alterações posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e
Funções da Câmara Municipal Porto Alegre e dá outras providências, inclui arts.
20-A e 20-B nesta Lei, dispondo sobre a estrutura de cargos por Gabinete de
Vereador, e revoga a Resolução nº 1.604, de 21 de dezembro de 2001.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 6602/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 193/07, de autoria da
Verª Clênia Maranhão, que denomina Rua Padre Roberto Landell de Moura o
logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 7054 – Loteamento Hípica
Boulevard. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8314/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 283/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Grevílea o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4005 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro
Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8420/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 291/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Mutum o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4021 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa
Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8421/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 292/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Trinca-Ferro o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4023 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8423/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 294/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Estrelinha o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1051 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7967/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 249/07, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Doutor Clodoaldo Efrain Ortega Pinilla.
PROC.
Nº 8564/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 082/07, de autoria da Mesa Diretora, que
altera o art. 30 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações
posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da
Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, alterando o cálculo
da verba de representação dos Cargos de Direção e de Procurador-Geral da Câmara
Municipal Porto Alegre.
PROC.
Nº 8707/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 083/07, de autoria da Mesa Diretora, que
altera o art. 48 da Lei n° 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações
posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da
Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, estendendo a
gratificação por atividade perigosa aos funcionários detentores de cargos
efetivos da classe de Vigilante e fixando o percentual dessa gratificação.
PROC.
Nº 8825/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/07, que autoriza o
Poder Executivo a contratar Operação de Crédito no valor de R$58.950.000,00 com
a Caixa Econômica Federal e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 7629/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 240/07, de autoria do
Ver. Newton Braga Rosa, que autoriza a criação da Secretaria Municipal da
Ciência e Tecnologia – SMCT – no âmbito da Administração Centralizada do
Município de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
Nº 8049/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 269/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Sabiá-Laranjeira o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4018 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8171/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 274/07, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que denomina Praça Emílio Otto Kaminski o logradouro
público cadastrado, conhecido como Praça 03 – Loteamento Heróphilo Azambuja –,
localizado no bairro Jardim Carvalho. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8315/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 284/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Guabiroba o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4004 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro
Teresópolis. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8316/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 285/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Tipuana o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 3762, localizado no bairro São José.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 8619/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/07, que autoriza o
Executivo Municipal a concessão de uso de área situada na Subunidade 01 da UEU (Unidade
de Estruturação Urbana) 1044, Macrozona 01, gravada como Parque, de acordo com
a Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, e alterações posteriores,
para a Fundação Caminho da Soberania, para implantação do Memorial Caminho da
Soberania, e dá outras providências.
PROC.
Nº 8685/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 029/07, que declara de
utilidade pública o Centro Comunitário Jardim Renascença – CECOJARE.
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Alceu Brasinha; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
a Verª Maria Luiza continua na sua incursão, denominando ruas com a fauna e a
flora. Tem a Rua Ximango, espero que apareça uma Rua Maragato para não haver
discriminação. Tem a Rua Acerola e a Rua Amora.
Eu felicito a Verª Maria Luiza e gostaria que o Executivo Municipal cumprisse a Lei que diz que este ano é o ano da identificação dos logradouros. E não foi feito nada, não sabem nem quem é o responsável pela colocação das placas na Cidade.
Mas
tem aqui um Projeto de Resolução, de autoria da Mesa Diretora, que extingue
Cargos em Comissão e cria outros cargos. Quando falam em extinguir cargos e
criar cargos, eu sempre fico assustado. Em 1989, eu propus a diminuição de
cargos nos gabinetes e perdi simplesmente por 31 a 1. Presidente não votava;
senão, eu teria perdido por 32 a 1. Em 1997, descobri que 14 Vereadores tinham
mais assessores do que os outros 19. Então, eu fiz um Projeto de Resolução, eliminando
os 14 cargos a mais. Fizeram um Substitutivo, criaram mais 19. Fizeram justiça.
E, quando criam cargos e extinguem cargos, eu fico muito cuidadoso.
A Mesa da Câmara está extinguindo 254 cargos e está
criando 254 novos cargos. Aparentemente, não há nenhum problema, apenas para
atender determinação do Tribunal de Contas, por uma questão de classificação
desses cargos para que não haja problemas. Está tudo bem, são 254 cargos, a não
ser um pequeníssimo contrabando feito no Gabinete da Presidência; pequeníssimo,
mas é um contrabando e, como eu disse, eu sou muito atento a essas coisas e não
posso deixar passar em brancas nuvens; senão, vão dizer que eu não olhei. E eu
olhei! Um cargo que era de nível 5 está passando para o nível 6, de Oficial de
Gabinete, apenas um cargo. Mas, de qualquer forma, mesmo sendo um cargo, esse
processo deveria ser encaminhado, dizendo quanto custaria a diferença aqui
anunciada. São extintos dois cargos CCs, classificação 2.3.2.6, e outra, uma
Função Gratificada 2.3.2.5 e criados dois Assessores de Gabinete 2.3.2.6.
Então, há uma pequena diferença, mas, de qualquer forma, estou alertando que
existe e, se houver diferença, seria bom que aqui fosse colocado o quanto
representaria anualmente. Deve ser uma importância pequena, mas quem faz lei
deve fazer lei bem-feita. E quando a Câmara faz Lei, deve fazer melhor do que
os outros. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver. Haroldo
de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, Ver. Alceu Brasinha, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
pessoas que nos acompanham pela televisão, as taquigrafas podem descansar,
estou cheio de números aqui, mas já levo aí para vocês! São despesas do
Gabinete do Presidente Lula que nós passamos ao conhecimento, porque está no
Diário Oficial da União, recordando que, em 1995, o Fernando Henrique gastou em seu Gabinete R$ 38 milhões; o Lula, em 2004, gastou R$
372 milhões.
O número de funcionários no Palácio do Planalto também aumentou: Itamar
tinha 1.800, o Fernando Henrique tinha 1.100, e Lula subiu para 3.300. No
Palácio da Alvorada, existem 75 empregados. No ano passado, o Lula assinou o
Decreto nº 5.087, aumentando de 27, Dib, para 55 seus assessores especiais diretos.
Já imaginou ter 55 pessoas à sua disposição, Sebenelo, por dia? Que orgia! Que
farra!
Lista de compras para consumo de 120 dias - para
nós que vamos a supermercado. Processo de Licitação nº 00140.000226/2003-67,
publicado no Diário Oficial da União: sete toneladas de açúcar, duas toneladas
e meia de arroz,
400 latas de azeitona, 600 quilos de bombons, 800 latas de castanhas de
caju - aquela gostosa, que a gente consegue comer uma por semana -, 900 latas
de leite condensado. Tudo isso tem que ser consumido em 120 dias. Dois mil
vidros de pimenta, dois mil e quinhentos rolos de papel alumínio, 400 vidros de
vinagre, 460 pacotes de sal grosso - bah! Põe churrasco nisso! -, seis mil
barras de chocolate, 58 quilos de açúcar - Dona Marisa esta fazendo bolo para
fora, ou então Lula está tomando muita caipirinha -, vinte e dois quilos de
arroz, 50 barras de chocolate. Para 120 dias esse consumo! Quinze vidros de
pimenta! Não é muita pimenta, não? Aí o Lula viu que essa lista teve
repercussão negativa, tirou do site oficial do Governo
o processo de licitação que já havia sido publicado na edição número 463 do
Diário Oficial.
Ele vai mais longe. Há uma outra licitação aqui, vou declinar do número,
mas é para beber. É festa! Cento e vinte e nove mil litros de água mineral
(1.500 litros por dia), duas mil latas de cerveja (500 latas/mês), 35 mil latas
de refrigerante, 1.344 garrafas de sucos naturais, 610 garrafas de vinho (cinco
garrafas por dia), 50 garrafas de licor.
Mas
vai mais, aí tem uma outra licitação para 495 litros de suco de uva, 390 litros
de suco de acerola, mais suco de maracujá, laranja, tangerina e manga! Não
pintou, ainda, cachaça aqui. A outra compra diz respeito a 2.250 kg de pó de
café! Numa conta simples: 2.145 cafezinhos por dia! Mas não tira o sono do Lula
muito café?! A farra não termina, vamos para o estômago, para 120 dias no
Palácio do Planalto: três toneladas e meia de batata, duas mil dúzias de ovos,
duas toneladas de cebola, uma tonelada de alho-poró. Na mesma compra, 2.400
abacaxis, 1,5 tonelada de banana, outro tanto de ameixa e uma tonelada de
caqui. Agora, vamos para fazer o “rango”, não é? Dez botijões de gás, de 2 kg,
170 botijões de 13 kg, e, para uma conta simples, serão 24 botijões de gás por
dia! Alguma coisa está errada nesse site, não é possível em 120 dias
consumir tudo isso, meu Deus do céu!
Roupa lavada: 54 toneladas em 120 dias, 13,5
toneladas por mês ou 450 kg de roupa lavada por dia! Meu Deus! Outra licitação,
agora, para lavanderia: 300 colchas, 330 lençóis, 300 fronhas, 50 travesseiros,
66 cobertores - porque faz muito frio em Brasília -, 15 roupões, 20 jogos de
toalhas, 20 toalhas de banho e rosto e mais 120 colchões. Esta aí, está
explicado por que é que se está vendendo tudo, barganhando tudo, para se
prorrogar a CPMF e aumentar a carga tributária no País. Agora, sim, eu entendi.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Ver. Brasinha;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. Brasinha, eu usarei a
Liderança e vou falar, porque eu não sou de fugir da raia, o que é certo é
certo, o que é errado é errado. E nós vamos conversar sobre isso. Neste
momento, nós discutimos a Pauta, e eu mais uma vez vou tratar do Projeto do
nosso colega Prof. Newton Braga Rosa. Eu vou falar porque parece que algumas
pessoas não entenderam, não querem entender, não sabem e tem raiva de quem sabe
o que está acontecendo com a ciência e tecnologia, especialmente com a
tecnologia da informação, da microeletrônica, em Porto Alegre. Existe o Ceitec;
o Cientec é o que fica aqui, do outro lado da rua, é um órgão do Governo do
Estado, também completamente abandonado como todos os outros. Eu estou falando
do Ceitec, Centro de Excelência em
Tecnologia Eletrônica Avançada, fábrica de prototipagens de chips,
na Lomba do Pinheiro, iniciada na Gestão Olívio Dutra, continuada na Gestão
Rigotto, continuada na Gestão Yeda, com parceria do Governo Lula, nesta e na
Gestão passada, com a Prefeitura de Porto Alegre, na época do PT e agora na
Gestão Fogaça, ou seja, é um projeto de três instâncias governamentais. Nós já
fizemos parte inclusive do Conselho do Ceitec. Alguém aqui, outro dia, achava
um absurdo a questão de que nós tivéssemos tornado estatal o Ceitec. Acontece
que a forma jurídica do Ceitec era uma sociedade, o Ver. Newton já explicou há
alguns dias aqui, só que o grosso das verbas são federais, com alguma questão
pequena do Estado e uma parceria com o Município. Portanto, nada mais justo do
que ser um órgão estatal, público, com controle efetivo dos seus interessados
em primeiro lugar, que são os técnicos, os economistas, o povo que quer o
desenvolvimento, que quer integração social, econômica, cultural e,
principalmente, inclusão tecnológica e digital. Por isso que o Ver. Newton
Braga Rosa pede que nós autorizemos a criação da Secretaria Municipal de
Ciência e Tecnologia, porque em alguns casos as atividades, os convênios, se
dão entre os órgãos federais, e o órgão municipal deve ser uma Secretaria. Isso
é um debate necessário, imperioso, independentemente da posição que a gente
venha a tomar, isso faz a gente discutir, nesta Casa, a importância de Porto
Alegre se tornar a Capital do centro tecnológico do Sul do continente.
O
Sr. Newton Braga Rosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, muito oportuna a
sua manifestação, muito obrigado pelo apoio expresso tacitamente nesta sua
manifestação sobre o Projeto. E só reforçando a sua argumentação, eu trouxe a
esta Casa um edital da Finep - Financiadora de Estudos e Projetos - que prevê a
aplicação de cem milhões de reais naqueles Municípios que tiverem uma
Secretaria de Ciência e Tecnologia. Eles acreditam que o Município que até
agora não conseguiu se articular para criar uma Secretaria de Ciência e
Tecnologia está numa posição de desvantagem com relação a todos os outros que
já fizeram. É urgente, portanto. Muito obrigado.
O
SR. ADELI SELL: Nós já
perdemos várias oportunidades, Ver. Newton Braga Rosa, por não ter atitudes, e
o que se exige nos dias modernos é atitude do Governante, é coragem,
determinação. Se na Índia se conseguiu o que se conseguiu através da educação,
da inclusão digital, do avanço da ciência e da tecnologia, em que os Estados
Unidos têm que se dobrar diante de profissionais da Índia, por que nós não
podemos alcançar os mesmos patamares? Falta coragem aos gestores públicos,
falta determinação, e eu espero que não falte coragem desta Casa, pois nós já
demonstramos, muitas vezes, que temos e não queremos perder essa posição. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha):
O Ver. Dr. Raul está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. DR. RAUL: Sr.
Presidente, Ver. Alceu Brasinha; Vereadores, Vereadoras, senhoras, senhores,
aqueles que nos assistem, eu venho me referir a um Projeto de minha autoria que
hoje está em 1ª Sessão de Pauta, que eu acho de grande relevância,
especialmente para a área da Saúde, para aquelas pessoas que vêm-se dedicando
nas unidades básicas de Saúde do Município há tantos anos, que se refere à
parcela autônoma do SUS. Essa parcela autônoma foi criada através de Lei
Municipal, em 1995, no sentido de complementar os rendimentos desses
profissionais, porque o que ocorre é que, no mesmo local, muitas vezes com a
mesma função, trabalham, em função da municipalização da Saúde, profissionais
de nível médio e de nível superior, de nível federal, estadual e municipal,
ganhando salários extremamente diversos. Isso tem muito a ver com, quando da
criação do SUS, não ter sido implantado um plano de cargos e salários para o
SUS e terem sido feitas municipalizações plenas da Saúde em vários Municípios
deste Brasil afora sem se respeitar a legislação, que diz que deve ser criado
um plano de cargos e salários, quando também deve ser criado um Conselho
Municipal de Saúde, o Fundo Municipal de Saúde e todas as ações. Esse plano de
cargos e salários ainda não foi criado em Porto Alegre; nós temos dificuldade
também de criação de planos de cargos e salários na Secretaria Estadual de
Saúde, está-se trabalhando nesse sentido, mas essa parcela autônoma, em
especial para os profissionais de nível médio, muitas vezes quase que dobra o
salário dessas pessoas, e ela não incide sobre tudo aquilo que sabemos serem os
nossos direitos, ou seja, não incide sobre aposentadoria, 13º salário e não
incide sobre o cálculo de uma série de benefícios. E o que ocorre? Isso passa a
ser quase que uma esmola para quem está trabalhando, vamos dizer assim. Na
realidade, nós queremos é que as pessoas trabalhem com dignidade, que pensem no
seu futuro e, quando chegarem na sua aposentadoria, tenham direito a uma
aposentadoria justa, o que não vem acontecendo nesses casos, porque, nesse
momento, as pessoas perdem o direito.
Então,
vocês imaginem pessoas de nível médio ganhando 500 reais, por exemplo, para
fazer um trabalho de técnico de enfermagem numa unidade básica de Saúde, e
ganhando mais 500 reais de parcela autônoma, conseguindo chegar aos 1.000 reais
por mês, vamos supor. O que ocorre? Essa pessoa vai se aposentar e vai ficar
com metade do seu salário? Não, ela não vai se aposentar. O que tem acontecido?
As pessoas vêm envelhecendo, inclusive passando o tempo de se aposentar, no
sentido de que precisam desse dinheiro que não é repassado para as suas
aposentadorias.
Acredito
que está na hora de o Município de Porto Alegre, independentemente de um plano
de cargos e salários nacional para o SUS, que vem sendo desenvolvido em nível
federal... mas desde 1988, 1990 já temos 17 anos e até agora realmente nada foi
feito! É preciso haver uma iniciava forte, com o apoio desta Casa, para que as
pessoas tenham restabelecida sua dignidade funcional, porque realmente é de
extrema relevância para sua sobrevivência que essa parcela seja incorporada aos
seus salários.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Raul, V. Exª como médico
que sabe dos problemas do nosso povo e os conhece com profundidade, está
levantando um assunto de extrema importância. As pessoas trabalham no vigor de
sua juventude, e, no momento em que necessitam de uma vida mais digna, sequer
têm condições de comprar um remédio, meu caro Vereador, com esse minguado de
aposentadoria que recebem!
Portanto,
acho importante o seu pronunciamento, e algo deve ser feito, porque o nosso
povo aposentado merece um tratamento mais digno do que o que ocorre nos dias de
hoje. Sou grato a Vossa Excelência.
O
SR. DR. RAUL: Que bom,
Ver. Ervino! Estamos juntos, então, nessa luta. Eu queria dizer que também existe
um Projeto na 1ª Sessão de Pauta que vai nessa mesma linha, que se refere aos
profissionais do HPS, Projeto de autoria do Ver. Dr. Goulart, ao qual eu me
associo.
É
uma luta difícil, porque sabemos que envolve recursos financeiros do Município,
mas acho que tem que ser enfrentada. Com certeza, temos que chegar a um melhor
salário, e que essa parcela realmente passe a integrar os vencimentos dos
funcionários públicos municipais. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Exmo
Ver. Alceu Brasinha, na presidência dos trabalhos, Vereadoras e Vereadores, em
Pauta há vários Projetos, mas um, efetivamente, é de grande importância para a
Cidade: o Projeto do Ver. Newton Braga Rosa que prevê a criação da Secretaria
Municipal de Ciência e Tecnologia no âmbito do Município. É importante, Ver.
Newton Braga Rosa - V. Exª trabalha fortemente nessa área -, porque Porto
Alegre é uma Cidade voltada ou para o serviço ou para a indústria de elevada
tecnologia, sem dúvida. Vamos chamar isso também de “tecnologias limpas”, e
efetivamente este é o futuro da nossa Cidade - não vejo outro futuro senão no
serviço, senão na tecnologia limpa e na alta tecnologia, Prof. Jardim. Então,
nós precisamos nos debruçar sobre esse assunto, prever a formação dessa
Secretaria, verificar o seu custo, verificar o custo/benefício, porque o
benefício, sem dúvida, será elevado para a nossa Capital.
O
Sr. Newton Braga Rosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, é com muita
satisfação que eu faço um aparte pela primeira vez aqui na Câmara de Vereadores
em um discurso de Vossa Excelência. É muito oportuno o tema, Porto Alegre está
numa situação de desvantagem com relação a outras cidades importantes,
principalmente com relação a São Paulo. A maioria das capitais brasileiras já
tem uma Secretaria de Ciência e Tecnologia, e há muito dinheiro federal para
ser disputado.
Eu
falei ao Ver. Adeli Sell, na intervenção anterior, lembrando um edital da Finep
que está aberto, hoje, mas existem outros fundos, como o Funtel, que é o Fundo
Universal de Telecomunicações, que tem represados quatro bilhões de reais à
espera de bons projetos na área de telecomunicações. O Estado e Porto Alegre
têm tradição e precisam se habilitar a essas novas oportunidades.
Eu
só gostaria de encerrar, lembrando que esta Casa já teve a coragem de dar um
incentivo para o setor de informática que foi muito bem sucedido; nós reduzimos
em 60% a alíquota, e três anos depois comprovamos que a arrecadação municipal
aumentou em 7%, ou seja, nós temos que reproduzir outros casos como esse. E se
houver uma inteligência na Cidade dedicada a explorar essas possibilidades de
Porto Alegre, nós teremos uma Cidade muito mais desenvolvida, como já existe o
Tecnopuc, e está comprovado que entre as duas avenidas, a Av. Ipiranga e Av.
Bento Gonçalves, cria tanto emprego quanto uma montadora de automóveis, com uma
pequena diferença: os salários são de ordem quatro vezes maior. Muito obrigado,
Vereador.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Parabéns,
Vereador, muito bem. E V. Exª lembra um ponto muito importante que traduz muito
bem a situação financeira do Estado do Rio Grande do Sul. É extrema a
dependência econômica do agronegócio. Nós precisamos diversificar a nossa
matriz econômica. Não podemos permanecer exclusivamente, ou 70% a 80% na
dependência do agronegócio, na dependência de safras agrícolas. Nós precisamos
diversificar esta matriz econômica para não ficarmos nessa dependência. Essa
diversificação, Ver. Newton Braga Rosa, sem dúvida é na área de elevada
tecnologia, de tecnologias limpas, e Porto Alegre tem essa vocação como capital
de um Estado tão pujante, mas que passa por séria dificuldade por falta de planejamento
a longo prazo. Diversificar esta matriz econômica é muito importante, e
investindo no futuro, justamente nessa área de tecnologia, nós estaremos,
efetivamente, olhando para o futuro e fundamentando a economia do nosso Estado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, gostaria de continuar dialogando com o Ver. Newton
Braga Rosa sobre um Projeto que acho excelente, atual, e até com visão de
futuro. Apenas, Vereador, a única coisa de que quero divergir é sobre a
formação de uma Secretaria. Vou dizer por quê. Porque uma Secretaria implica
numa série de criações como, por exemplo, a criação de cargos, e é claro que
vai haver sempre um político fazendo um “cabidezinho de emprego”. Eu dizia há
pouco tempo para o Prefeito Fogaça que ele fez um extraordinário trabalho,
quando fez um governo por programas. No momento em que ele faz um governo por
programas, ele instala na Administração um motor de Fórmula 1, só que ele o
instala em cima de um Gordini velho, caindo aos pedaços, e não há uma resposta
da estrutura, porque há uma esclerose nas Secretarias. Há, inclusive, uma
dificuldade muito grande de circulação não só das questões inerentes às
Secretarias, mas há uma dificuldade muito grande quando se cria uma Secretaria.
Eu votei a favor dela, mas achei que a Secretaria da Juventude furou a fila que
era da Secretaria dos Idosos. Por outro lado, nós temos criado secretarias, mas
eu acho que uma das que se tinha que criar era a do Turismo. Mas ciência é
produção da universidade; de tecnologia só se fala da do computador, do chip
e da análise de sistema. Acho que nós temos que dar um passo maior em relação a
isso, e que Ciência e Tecnologia sejam uma autarquia, como é, por exemplo, a
PROCEMPA, mas que ela se encarregue não só de registro de dados; que ela se
encarregue também do desenvolvimento dessa área. E se alguma secretaria se
tivesse que criar seria a Secretaria do Desenvolvimento, porque não há coisa
mais regressiva do que o que nós estamos fazendo com a nossa Capital, quando
não temos indústria, quando somos uma Cidade de serviço, principalmente quando
precisamos de outra forma de pensar, mais avançada, mais ousada com a questão
do desenvolvimento.
O
Sr. João Carlos Nedel: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu sugiro a V. Exª que faça
uma Emenda: Secretaria de Desenvolvimento e Tecnologia. Parabéns!
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Muito
obrigado. O que nós pensamos é que se deva criar um órgão de Ciência e
Tecnologia na Prefeitura, eu não tenho dúvida, só que não precisava ter um status
de Secretaria, pelas exigências que uma Secretaria tem no desenvolvimento da
Ciência e Tecnologia, que deveria ser acoplada à universidade, porque o que
traz tecnologia, o que traz ciência é a modernidade. Estamos falando de
modernidade como um conceito que vai desde a idéia até o consumo, numa gama
muito ampla em que precisamos inclusive da ciência e tecnologia como um
acessório, não como o principal.
O Sr. Newton Braga Rosa: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado pela sua
contribuição, Ver. Claudio Sebenelo; aprecio o seu trabalho. O problema é que o
repasse de dinheiro federal cria certos ritos e condições. Eu trouxe aqui ao
Plenário um edital da Financiadora de Estudos e Projetos que estabeleceu isso
como pré-requisito, ou seja, sabemos que o Governo Federal tem muito dinheiro
para aplicar nessa área, como tem para todas as outras. Quem olha, de Brasília,
o mapa brasileiro, não imagina que uma Capital da importância de Porto Alegre
esteja desprovida disso. Diz o edital que a instituição proponente desse edital
de cem milhões de reais deve ser uma entidade da Administração indireta
estadual ou distrital - vale também para Estados - responsável por ciência e
tecnologia ou, na sua inexistência, pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e
Inovação. Deram até um nome, do jeito que eles gostariam que a Secretaria
fosse.
Assim como aprovamos nesta Casa a Secretaria da
Juventude, em boa hora, e que talvez tenha furado a fila da dos Idosos, mas não
podíamos deixar uma oportunidade de recursos represados que estavam no Governo
Federal de chegar à nossa Cidade. Estamos vivendo, três anos depois, exatamente
o mesmo momento com relação à ciência e tecnologia. Dr. Sebenelo, todas as
capitais, ou a grande parte das capitais, a maioria delas sem a tradição que
Porto Alegre tem, já possuem uma Secretaria que está entrando nesses projetos,
e Porto Alegre está deixando passar. Muito obrigado pela oportunidade.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Em tese, a
sua idéia é muito boa. Eu pensei que pudesse ser através de uma autarquia, mas,
se não puder, vamos votar a favor.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Ver. Brasinha,
na presidência dos trabalhos; colegas Vereadoras e Vereadores, para quem não
sabe, eu explico; é fácil, há em todos os dicionários, e o Ver. Newton Braga
Rosa, que é um expert em informática, pode explicar para as pessoas o
que significa hoax, esses e-mails que pintam na Internet, dando
conta de tais e tais acontecimentos; largam o Mapa do Brasil cortado, como se
os Estados Unidos já tivessem tomado conta da Amazônia; tiram não sei o que da
página do Palácio, só que depois mudam tudo. Ou alguém pode acreditar nos
gastos da Presidência da República que foram, há pouco, colocados aqui? Eles
são, em primeiro lugar, completamente contraditórios; não existem, na face da
terra, alguns dos dados que foram apresentados. Isso não existe, gente; isso se
chama hoax. Como as pessoas que querem aprender e saber das coisas podem
ir atrás disso? Vou-me limitar a dizer, pura e simplesmente, que as pessoas de
bom senso não devem repetir aquilo que cai na caixa eletrônica, porque há muito
lixo eletrônico. Então, “devagar com o andor”! Se alguém precisar, faz um
Pedido de Informações e, em 30 dias, o Governo tem que responder exatamente o
que gastou ou deixou de gastar. Essa é a medida correta que a gente tem que
fazer.
Há pouco, falava-se aqui de tributação, eu defendo
que os tributos sejam com alíquotas viáveis e compatíveis com a realidade
brasileira. Mas vou ler aqui o que foi publicado no jornal O Sul, do dia 11 de
novembro de 2007, nada mais, nada menos, do que o ex-Secretário da Receita,
Everardo Maciel - lembram dele? -, dizendo o seguinte (Lê.): “Uma velha raposa
dos tributos, o ex-Secretário Everardo Maciel, garante que não passa de demagogia
fiscal a barulheira dos inimigos da CPMF. ‘Se você perguntar a alguém que ganha
10 mil reais por mês quanto ele paga de CPMF, ele dirá que é uma barbaridade.
Na verdade, não passa de 38 reais’, esclarece Maciel. Há coisas muito mais
importantes a fazer, adverte ele, para reduzir os impostos no País. Por
exemplo, repensar o pagamento da contribuição patronal para a Previdência
Social. ‘Isso tem ligação direta com o aumento ou diminuição de emprego’, avisa
o ex-Secretário”.
Olha, nós sempre deixamos clara essa nossa posição
e vamos continuar deixando claro que as altas alíquotas é que detonam este
País, é que fazem com que a
gente esteja nesta situação. O que detona este País é a corrupção, os fantasmas
que a gente descobre na Prefeitura, os fantasmas que a gente descobre no
Governo do Estado, e não é o Ver. Adeli Sell que está falando isso, são os
jornais que estão colocando. Eu já fiz um Pedido de Providências para que haja
demissão com o ressarcimento dos ganhos.
E
o que mais tem de ser combatido é a chantagem, é a pressão, como está
acontecendo hoje na Prefeitura: não pode falar com a imprensa. A questão, por
exemplo, do ProJovem: silêncio absoluto sobre isso na Prefeitura, só que a
partir de quinta-feira estão juntando as turmas; estão falando para os
professores não falarem com a imprensa, muito menos com o Ver. Adeli Sell.
Ainda bem que há democracia neste País, e há gente que se faz de tonto,
ameaçando, mandando recado, e faz disso como se aqui fosse aquele esquemão dos
velhos caciques do Nordeste, etc. e tal. Não, o País conquistou a democracia,
nós temos uma Constituição cidadã, nós podemos fazer Pedido de Providências,
podemos fazer Pedido de Informações e os Governos têm 30 dias para responder,
senão nós vamos ao Ministério Público. E há gente que está se fazendo e pode ir
para a cadeia, porque outros já foram, como se faz com a polícia americana, aí
escrevem matérias nos jornais que são um absurdo: passar argola nas pessoas,
fotoshow chama-se isso nos Estados Unidos, isso acontece com todos, todos!
O
Brasil tem que aprender a conviver com imprensa democrática, e eu, quando acho
que a imprensa erra, critico, principalmente a grande mídia quando se omite.
Mas ainda bem que existe consciência crítica, consciência cidadã neste Estado,
neste País. E ainda há gente que defende a ética na política, eu estou deste
lado e continuarei deste lado, custe o que custar! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha):
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, só quero lembrar que amanhã é o dia da luta contra
o câncer e contra o tabagismo - contra o câncer de pulmão. É uma luta diária
nossa, engalfinhada, indignada pelas artimanhas que a indústria fumageira
produz.
Mas
eu queria falar - deixe-me ver se o Ver. Adeli está ali -, que existem, Ver.
Adeli, três tipos de fantasmas. V. Exª falou a respeito de dois tipos, e
esqueceu do terceiro, que é o do Governo Federal, este também... Agora com a
fraude da Cisco já foi horrível!
Se
Deus quiser, um dia este País vai largar de se preocupar com a corrupção, e
preocupar-se com outras coisas fundamentais, como, por exemplo, com o Estado
governado pelo seu Partido, o Pará, onde a barbárie volta, regressivamente, da
forma mais assustadora possível, numa cidade de nome difícil de ser
pronunciado. Em uma cidade do Pará, uma menina de 15 anos de idade - pelo menos
a arcada dentária dela e o exame é de 15 anos de idade - foi seviciada por 20 e
tantos presidiários; ela, que foi colocada, menor, em uma prisão de homens. E
aí, então, nós nos lembramos que temos filhos, que temos irmãos, irmãs. Qual
seria a nossa reação se acontecesse isso com uma pessoa da nossa família?
Buscaríamos a lei ou a justiça pelas próprias mãos?
E
foi com o mais infinito constrangimento que nos surpreendemos com uma
declaração da Governadora do Pará. Ela, simplesmente - e parece-me que o
retrospecto de sua vida política não tem essa “bola toda” -, disse que essa
irregularidade era comum no Norte e no Nordeste, e que ela iria tomar as
atitudes que o caso merecia e iria ser rigorosa. Ora, isso é de uma violência
inaudita! O estupro em si é de uma violência incalculável, uma menina de 15
anos! Agora, então, está fazendo exames para ver se está grávida.
Vejam
a seqüência de tragédias, e, principalmente, a de a Governadora dizer que vai
tomar providências, e providências rigorosas. Não, ela tinha que ter evitado
isso! Essa é a obrigação maior: a prevenção de uma tragédia dessas, porque não
tem 50 psiquiatras no mundo ou juntas psicológicas que resolvam o problema
psicológico dessa moça, o problema físico dessa moça, o problema existencial
dessa moça! E a minha dificuldade de falar é emocional, sim!
É
inconcebível que haja uma barbárie tão regressiva, tão bestial, que não toque
às autoridades. E agora, então, a Ministra, feminista, declarou que em mais
cinco Estados isso é comum.
Mas,
pelo amor de Deus, há muito tempo a questão de carceragem deveria, separar
sexos - é o mínimo que se pede para um país que tem este nome, ou de uma
república, onde se cometem todas as infâmias, todas as ignomínias, todos os
crimes contra a pessoa humana, e vai ficar por isso mesmo?
Esperamos
que essa moça não só seja transferida de prisão, mas que ela seja transferida
do planeta, para um outro planeta um pouco melhor do que a Terra. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Ver. Brasinha): O
Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MAURO ZACHER: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, aqueles que nos
assistem nas galerias desta Casa, público da TVCâmara, antes de mais nada,
queria saudar o Ver. Mario Fraga pela homenagem que fez no dia de hoje à
Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora. Ficam os nossos cumprimentos
pela lembrança importante a essa instituição que grandes serviços presta à
nossa Cidade.
Em
nenhum momento nós nos calamos, em nenhum momento nós escondemos qualquer dado
referente ao ProJovem. Fui chamado a esta Casa pela Comissão de Educação, em abril,
fizemos a nossa prestação de contas a esta Casa. Solicitei vir aqui à Câmara de
Vereadores, Ver. Brasinha, mais de uma vez, para que nós pudéssemos, não só
fazer um balanço do ProJovem atual, como também apresentar as mudanças já
previstas pelo Governo Federal para 2008, por ser um Projeto experimental, um
Projeto com o qual se quer atingir aquele jovem que saiu da sala de aula muito
cedo - e não saiu por acaso: saiu porque muitas foram mães no período escolar;
muitos tiveram que trabalhar para ajudar em casa; muitos tiveram conflitos com
a lei; muitos têm a falta da referência familiar; enfim, há as peculiaridades
desse jovem acima de 18 anos fora do mercado de trabalho, e nós queremos
trazê-lo de volta para a sala de aula.
Achar
que os 100 reais são suficientes para atrair esse jovem é um engano! E a
Prefeitura fez um esforço, sendo uma das dez primeiras Capitais a participar do
ProJovem, palavras ditas pelo Secretário Nacional da Juventude. A Prefeitura de
Porto Alegre foi uma parceira leal ao Governo Federal quando implementou o
ProJovem. As dificuldades para implementar um projeto desses são muitas. A
escola municipal não quis, nós tivemos rejeição, porque enfrentávamos o que já
existia, o ultrapassado EJA. As dificuldades foram grandes, mas, mesmo assim,
conseguimos números bons, os quais nós não festejamos, porque não temos a
referência do passado; nós temos as referências das outras Capitais, que
tiveram números muito piores que Porto Alegre. Mas aqui a gente vem a esta
tribuna, mostra os números, fala da licitação, fala da transparência que o
Município teve; mas não serve! É mais fácil ser leviano, é mais fácil vir à
tribuna e dizer o que quer. Eu venho à tribuna para dizer a verdade, o que foi
feito, o que foi realizado.
É verdade que o ProJovem não teve os melhores
números; mas não foi só em Porto Alegre, foi no País todo; foi no País todo!
Estamos
aqui, Ver. Brasinha; e voltei para a Câmara de Vereadores para fazer os
esclarecimentos. Continuo à disposição na certeza de que realizamos um grande
trabalho na Secretaria Municipal da Juventude, não só no ProJovem, mas também
em outros ProJovens. Quero dizer, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, que
solicitamos ao Governo Federal uma auditoria, tanto do FNDE como na
Universidade Federal do Paraná, que é a universidade contratada pelo Governo
Federal, que fiscaliza a presença dos alunos, fiscaliza os professores, e que
nós acompanhamos. Também abrimos na Prefeitura de Porto Alegre uma sindicância
para auditar novamente todo o ProJovem. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Alceu Brasinha): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Ver. Alceu
Brasinha, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; quero lhes fazer um convite para mais um evento que a Prefeitura de
Porto Alegre organiza nos dias 28 e 29 deste mês, em parceria com as entidades
da nossa sociedade, pensando estrategicamente o futuro da Cidade. Ocorrerá
nesta quarta e quinta-feira um seminário intitulado: “O Futuro econômico de
Porto Alegre”, oportunidade na qual vai-se discutir as perspectivas econômicas
da nossa Cidade, quando se procurará identificar as novas tendências, as novas
vocações de Porto Alegre, considerando a sua economia local, além de apontar
fatores que desestimulam os investimentos e também procurando qualificar os
debates feitos entre o Poder Público, universitários, trabalhadores,
empresários, na busca da construção de estímulos ao novo desenvolvimento
econômico e social do nosso Município. É um Seminário que está aberto a todos e
a todas. Eu estou aqui reafirmando o convite da Prefeitura de Porto Alegre,
porque eu acho que nós, Vereadores, temos sempre que estar presentes nos
debates de construção do conhecimento que acontecem em nosso Município, como
uma forma de subsidiar tecnicamente as decisões políticas que aqui tomamos na
condição de representantes da nossa sociedade.
Em segundo lugar, eu queria me referir a mais um
avanço da política do DMLU, desta vez um avanço referente ao apoio aos
catadores: foi criada uma nova unidade de triagem para quarenta pessoas, com
condições humanizadas, correspondendo às demandas feitas pelos catadores de
nossa cidade naquele galpão de reciclagem, buscando exatamente a
profissionalização e a criação de um espaço com mais qualidade, inclusive do
ponto de vista da garantia dos direitos humanos das pessoas que executam essa
profissão.
Eu não poderia, no dia de hoje, deixar de falar -
com a mesma indignação, veemência e emoção, que falou, aqui, o Ver.
Claudio Sebenelo - sobre essa tragédia acontecida no Estado do Pará, tragédia
na qual uma menina, uma adolescente de aproximadamente 15 anos - e, ainda
ontem, eu ouvia a Secretária Adjunta de Direitos Humanos falando, por sinal uma
gaúcha, Márcia, uma mulher com uma longa luta pela garantia dos direitos
humanos das mulheres, que essa menina de 15 anos, que aparentava, na verdade,
ter 12 anos, que foi
encarcerada pela polícia do Estado do Pará, em uma cela com 20 presidiários,
estava, neste momento, sob o Programa de Proteção a Testemunhas.
Que
país é este que, em pleno século XXI, com todas as lutas pela humanização, com
todas as lutas pelo aprimoramento do processo civilizatório, um país como o
Brasil - uma das maiores potências do mundo - ainda permite um ato de barbárie
desses? Considerado pela Folha de São Paulo, no dia de ontem, como um crime de
bestialidade nazista. Uma menina de 15 anos foi presa numa cela com 20
presidiários, e foi, durante 15 dias, submetida a estupros e à violência. E essa
cadeia tinha uma janela que dava para a rua. Os policiais que lá tinham
colocado essa menina sabiam dessa realidade; muitos agentes públicos sabiam
dessa realidade, e o mais impressionante foi a forma como o Poder Público, no
Estado do Pará, tratou essa bestialidade, inclusive admitindo que em
outras cadeias do Norte do País, inclusive do próprio Estado, essa realidade se
repete.
Com
essa denúncia, descobriu-se uma outra denúncia: de que uma mulher brigou com a
irmã, em decorrência dessa briga doméstica acabou indo parar na delegacia, e
que o delegado aproveitou-se dessa briga doméstica e a colocou também numa cela
com vários presidiários.
Essa
notícia ocupou jornais dos países mais importantes do mundo. Ainda bem que a
imprensa internacional denuncia essa barbárie, para ver se os agentes públicos
que se omitem, que não priorizam uma política de direitos humanos, possam,
enfim, sob a pressão da comunidade internacional, priorizar uma política
prisional para este País.
Eu
acho que esta bestialidade tem que servir também para que investiguemos todos
os Estados brasileiros. E acho que essa é uma tarefa do Ministério da Justiça,
para que não tenhamos que conviver, neste século, com barbaridades desse tipo.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente,
a título de informação, no mesmo sentido que a Verª Sofia Cavedon fez
quinta-feira passada, eu faço também: foi assinada a Licença de Instalação do
camelódromo. O Secretário Municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, assinou na
tarde de segunda-feira, dia 26, a Licença de Instalação do Centro Popular de
Compras. Ou seja, as obras reiniciam amanhã. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado,
Ver. Mario Fraga.
Solicito
aos Vereadores participantes das Comissões Permanentes que têm Projetos para
Parecer, que acelerem esse processo, porque estamos próximos de encerrar o ano.
Havendo
quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor/bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1461/05 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/05, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que institui a Política Municipal
de Apoio ao Cooperativismo e o Cadastro Geral das Cooperativas em Porto Alegre,
autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito especial para a constituição do
Fundo de Apoio ao Cooperativismo (FAC) e dá outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Bernardino
Vendruscolo: pela manutenção do Veto Parcial;
- da CEFOR. Relator Ver. João
Antonio Dib: pela manutenção do Veto Parcial;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Sebastião Melo: pela manutenção do Veto Parcial;
- da CEDECONDH. Relator Ver.
Carlos Todeschini: pela manutenção do Veto Parcial.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 21-11-07.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 24-11-07 (sábado).
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em
discussão o PLL nº 070/05, com Veto
Parcial. (Pausa.) O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir o PLL nº
070/05.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores; público que nos assiste pela TVCâmara e demais pessoas aqui
presentes, uma saudação especial ao nosso amigo Nelson Santana, que hoje foi
homenageado junto com os 135 anos do Floresta Aurora. Um abraço, Nelson, e a
toda sua família.
Subo a esta tribuna
apenas para dizer que vou aceitar o Veto do Prefeito, pelos motivos já
apresentados no meu projeto que trata das cooperativas - já que conseguimos
aprovar nesta Casa o projeto sobre cooperativas, visto que na nossa Cidade não
havia ainda nenhum projeto que tratasse da regulamentação das cooperativas.
Fizemos o projeto, com os diversos itens, e o Prefeito, através de sua
assessoria jurídica, resolveu vetar dois artigos, que aceitei, porque houve um
erro. Primeiro, o que trata do fundo para as cooperativas, visto que eu não
destaquei de onde sairia o dinheiro para criar esse fundo. Então, Ver. João
Carlos Nedel, esse item foi um dos que aceitei, e a Procuradoria-Geral do Município
me telefonou, explicando, e eu entendi. O segundo item é aquele em que eu
estabelecia, em um dos artigos, que os funcionários da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre, ou seja, os funcionários públicos que tivessem uma
cooperativa, teriam a prioridade para o seu pagamento. A Procuradoria entendeu
que não poderia discriminar os outros. Mas, eu queria deixar claro aqui - por
isso vim à tribuna - que a minha intenção, naquele momento, é que seria justo
que os funcionários municipais tivessem um destaque para os seus recebimentos
junto à Prefeitura Municipal. Mas a Procuradoria não achou justo destacar um
crédito em deferência aos outros credores da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. Então, digo aos nobres Pares que aceito o Veto Parcial do Projeto do
Prefeito José Fogaça ao Projeto de Lei de minha autoria e do Ver. Márcio Bins
Ely sobre cooperativismo na cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Não há mais
quem queira discutir. Em votação o PLL nº 070/05. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADO o Projeto por 26 votos NÃO. Aceito o Veto.
Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças
da Casa, para a apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia:
em primeiro lugar, o Requerimento nº 154/07, depois, o PLCE nº 009/07. (Pausa.)
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Sr.
Presidente, eu pediria dois minutos de quebra da nossa Sessão, para que
pudéssemos conversar com a Liderança do Governo antes da votação.
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Pois não,
deferido o Requerimento do Ver. Adeli Sell.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h29min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h39min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para um Requerimento.
O SR. ADELI SELL (Requerimento): Srª Presidenta,
Verª Maria Celeste, eu queria dialogar com a Liderança do Governo, portanto
requeiro postergar a votação do PLCE nº 009/07 por uma Sessão, ou seja, para
quarta-feira. Há algumas dúvidas que surgiram e algumas que não foram
esclarecidas. Eu acho que, como nós temos aqui um pedido de art. 81, uma Sessão
não vai mudar radicalmente a Cidade e nem o mundo.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver. Adeli Sell, para responder ao seu Requerimento, nós
ainda não havíamos votado o Requerimento que prioriza este indicativo de
votação tanto o Req. nº 154/07 quanto o PLCE nº 009/07. O seu Requerimento,
neste momento, fica prejudicado.
Em
votação a inclusão do Requerimento nº 154/07 na priorização de Projetos para a
Ordem do Dia de hoje. O Ver. Mario Fraga solicita votação nominal.
O
Ver. Mario Fraga retira a solicitação de votação nominal para o Requerimento.
Em
votação a inclusão do Requerimento nº
154/07 na Ordem do Dia de hoje. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 154/07 – (Proc.
Nº 9016/07 – Mesa Diretora)
– requer a realização de Sessão Solene no dia 03 de dezembro de 2007, às 19
horas, destinada a homenagear a Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul.
(incluído em 26-11-07)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação o Requerimento nº
154/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Presidenta, há um Requerimento de adiamento por uma Sessão
do próximo Projeto que vai entrar em discussão e votação, e não há razão para
não ser recebido o Requerimento.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver.
João Antonio Dib, esse Requerimento não entrou na ordem de priorização neste
momento. Pela dificuldade de informação do Plenário, suspendo a Sessão e chamo
as Lideranças, para que possamos acordar sobre a solicitação do Ver. Adeli
Sell.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h45min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h49min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: A Bancada do
PMDB está confirmando o acordo que foi feito hoje cedo. Para nós, não serve
nenhum desses recados que foram registrados aqui.
O SR. DR. GOULART: A Bancada do
PTB mantém o acordo também, Excelência.
O SR. MARIO FRAGA: A Bancada do
PDT também mantém o acordo, Srª Presidente.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, quanto ao Processo colocado em discussão e votação, a qualquer
momento pode haver um Requerimento de adiamento. Eu não estou entendendo por
que não pode haver um Requerimento de adiamento e por que uma Bancada inteira
gostaria de examinar melhor um Projeto, pedindo o art. 81. Eu não estou
entendendo! Não entendo por que isso acontece, por que as pessoas se enfurecem,
elas têm que ficar no Plenário estudando tudo que ocorre aqui e não vir aqui
dizer desaforo para os outros!
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Certo,
Vereador.
Em votação a inclusão do PLCE nº 009/07 na Ordem do
Dia. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento que solicita a inclusão do PLCE nº 009/07 na Ordem do Dia.
O SR. ADELI SELL: Minha cara
Presidenta, colegas Vereadores e Vereadoras, a minha Bancada é uma das Bancadas
que têm, sistematicamente, marcado a presença no início das Sessões, temos
participado dos debates, dos Projetos das Sras. Vereadoras e dos Srs.
Vereadores. Nós, em muitos momentos, ajudamos a Bancada do Governo a dar
quórum, mesmo tendo 26 Vereadores. A Bancada do PT, com nove Vereadores, muitas
vezes salvou as Sessões desta Casa. Eu cumpro acordo, mas hoje, por dúvida de
colegas meus, por respeito a um Projeto importante do Executivo que mexe com a
Cidade, que mexe com o Poder Judiciário, porque está em debate a construção de
um fórum, eu conversei com dois arquitetos de posições muitas vezes
divergentes, para ter elementos para votação, o Arquiteto Ferraro e o Arquiteto
Iran, e conversarei com tantos quantos forem necessários, para que, amanhã,
quando sair uma nota na imprensa, e moradores da Região vierem aqui, nós
possamos dizer: votamos com consciência, sabemos do que se trata. Custa alguma
coisa? Entrou com atraso, tanto que pediram o art. 81. Eu pedi, educadamente,
para a Líder do Governo, dois minutos para discutir e solicitar que se votasse
a matéria na quarta-feira, dando prazo para mais uma rodada de conversas com a
minha Bancada e outros Vereadores que estão em dúvida aqui - eu sei que há
dúvidas sobre o Projeto. Não se trata de sectarização, mas se trata de a Líder
do Governo respeitar os Vereadores que têm posições diferentes. Ninguém vai me
proibir de conversar com o Ver. João Dib! Ninguém vai me proibir de discutir
com o PMDB, com o PSDB, com
o DEM, ou seja, com qualquer Partido aqui do Plenário, com o PTB! Esta é uma
Casa plural, democrática e esses tipos de chantagem que sistematicamente a Verª
Clênia Maranhão vem fazendo...Toda vez que se tem divergência a Vereadora acha
que é um escândalo, grita, berra e sapateia! Pois, se é para fazer isso, não é
preciso Parlamento. Quantas e quantas vezes, a pedido do Governo, a pedido de um
Partido, nós respeitamos?
Eu
quero dizer o seguinte: nós temos mais um mês e alguns dias para encerrar este
ano, trabalhamos bastante, faltam 35 dias. Se preciso for, nós faremos Sessões
Extraordinárias; nós aumentaremos, como podemos postergar, por duas horas as
Sessões. Aqui existe vontade de trabalhar, não há preguiça por parte da Bancada
do PT, e sei que há muitos Vereadores que, se forem chamados, estarão aqui
presentes. O mundo não vai acabar até quarta-feira! Porto Alegre poderá ter um
bom Projeto e uma melhor opinião na quarta-feira!
Se
nós tivéssemos atropelado, tivéssemos feito manobras, sem discussão, sem
procurar a Liderança do Governo, haveria toda a razão de chiar, mas não foi
esse o caso! Eu fui, educadamente, solicitar para que a apreciação da matéria
fosse transferida para quarta-feira, depois temos de ouvir esse tipo de
xingação...! Convenhamos! Não se faz isso em um regime democrático! Não é esse
o método! Eu conheço esse método stalinista de agir! Eu o conheço! Eu tenho uma
tradição que sempre se colocou contra esses métodos autoritários stalinistas, e
ninguém vai querer me dar lição aqui de como agir, se eu posso conversar com A,
B, C ou D!
A
minha Bancada pediu e pede para as Bancadas aqui presentes que votemos na
quarta-feira, não há nenhum problema, não estamos enrolando ninguém! Queremos
dialogar! Queremos debater! Há acordo de votarmos um conjunto de coisas
sistematicamente este ano, sem colocar picuinhas! Não será agora, no final do
ano, que vamos impedir que esta Casa trabalhe. Agora, convenhamos, tenham
respeito com a gente também! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação de inclusão
do PLCE nº 009/07 na Ordem do Dia.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu quero informar que
a minha Bancada vai votar favoravelmente a esse Projeto de Lei. Eu quero
informar que a minha Bancada é a única que tem assessoria para discutir o Plano
Diretor; e eu quero informar também que eu chego aqui no início da Sessão e só
saio no final. Acompanho tudo que acontece aqui dentro, e não há de vir ninguém
aqui para me orientar a respeito do que deve ser feito. Eu sou um democrata,
entendi a preocupação de uma outra Bancada, que é a maior Bancada do Plenário,
as dúvidas que tinha, e eu não entendi por que o Requerimento de adiamento não
poderia ser votado, isso eu não entendi! Porque, na semana passada, nós votamos
adiamento para um Projeto do Ver. Luiz Braz, que estava dentro das prioridades;
nós votamos adiamento para o Projeto do Ver. Todeschini, que estava dentro das
prioridades. Eu não estou entendo por que agora não poderia ser votado o
Requerimento do Ver. Adeli Sell, que, educadamente, pediu para ser votado. Agora,
poderia ser derrotado o Requerimento do Ver. Adeli Sell, bastava a Liderança do
Governo arregimentar as suas forças e derrotar o Requerimento e não agredir os
seus colegas, não tinha por que fazer isso. Então eu acho justo, eu acho certo,
volto a dizer, nós temos assessoria, nós temos a tranqüilidade de dizer que
vamos votar favoravelmente ao Projeto. Nós conhecemos a história toda, mas não
entendemos por que não dar oportunidade a quem quer estudar melhor o Projeto
por 48 horas, isso nós não vamos entender. Então, eu manifesto a opinião pelo
atendimento de adiamento de uma Sessão para discussão e votação. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Mario Fraga está com a palavra para encaminhar a votação de inclusão do
PLCE nº 009/07 na Ordem do Dia.
O
SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o
PDT encaminha contrário ao Requerimento, Ver. João Antonio Dib, principalmente
este Vereador, pelo acordo que foi feito hoje de manhã, Ver. João Antonio Dib,
e pelo que acontece sempre nesta Casa, por que vamos ficar reféns de uma
Bancada, e na quarta-feira aceitar o Projeto? A troco de quê? Esse Projeto já
está na Casa há mais de um mês, Ver. Dib; pediram o art. 81, e está há mais de
um mês. Ver. Dib, a Comissão de Constituição e Justiça já deu Parecer
favorável; Ver. Dib, a CEFOR já deu Parecer favorável. Eu pergunto: qual
Vereador não tinha conhecimento disso? Parece que V. Exª quis assumir a
Liderança hoje. Eu estou respondendo a V. Exª com todo o carinho que V. Exª
merece.
Nós,
do PDT, vamos encaminhar contrários por todos esses motivos que expliquei: está
há mais de 30 dias na Casa; a Comissão de Constituição e Justiça já deu Parecer
favorável e a CEFOR também; e mais, o acordo foi feito hoje pela manhã na
reunião da Mesa com as Lideranças. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Quero
dizer para o eminente Ver. Mario Fraga que eu não tenho Requerimento nenhum; eu
apenas encaminhei a votação de um Requerimento, mas não fiz Requerimento algum,
assim como ele encaminhou errado e equivocadamente.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Estamos encaminhando a votação do Requerimento para inclusão do PLCE nº 009/07
na priorização da discussão e votação na Ordem do Dia de hoje. (Pausa.) Não há
mais quem queira encaminhar. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Guilherme
Barbosa, o Requerimento que solicita a inclusão do PLCE nº 009/07 na
priorização dos projetos a serem votados na Ordem do Dia de hoje. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) Quatorze votos SIM. Não há quórum para seguirmos a presente Sessão.
Apregôo
o Memorando nº 471, informando que o Ver. Carlos Comassetto está representando
a Câmara Municipal, nesta data, na III Conferência Nacional das Cidades, em Brasília,
conforme cópia do processo em anexo.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h03min.)
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